Países importadores consomem 116 milhões de sacas e exportadores 50 milhões de sacas de 60kg no período
O consumo de café em nível mundial, previsto para o ano-cafeeiro 2020-2021, deverá ultrapassar o equivalente a 166 milhões de sacas de 60kg, volume que representa um aumento de 1,3%, se comparado ao consumo mundial do ano-cafeeiro anterior. Em relação aos países importadores de café, o consumo deverá atingir o equivalente a 115,96 milhões de sacas neste ano-cafeeiro 2020-2021. E o consumo interno dos países exportadores de café deverá ser o equivalente a um volume de 50,66 milhões de sacas.
Em nível mundial, houve incremento no consumo de café, no período objeto desta análise (2020-2021), na Europa, com 54,35 milhões de sacas, volume que representou um aumento de 1,2% ao período anterior, assim como na Ásia & Oceania, cujo consumo foi de 36,50 milhões de sacas (aumento de 1,4%), e também na América do Norte (30,99 milhões de sacas e crescimento de 1,4%), América do Sul (27,18 milhões de sacas e aumento de 1%), África (12,24 milhões de sacas, com 1,8%) e, finalmente, México e América Central que teve incremento de 0,2% e deverá registrar consumo de 5,64 milhões de sacas.
Nesse contexto, o aumento do consumo dentro de casa continua compensando a redução do consumo fora do lar, em decorrência de medidas de isolamento social adotadas em diversos países do mundo para mitigar os efeitos da pandemia de Covid-19. Tais dados e informações foram obtidos do Relatório sobre o mercado de Café – março 2021, da Organização Internacional do Café – OIC, instituição representativa da cafeicultura mundial, da qual o Brasil é país-membro. A OIC congrega atualmente 75 países produtores e consumidores de café, bem como administra o Acordo Internacional do Café, que encontra-se publicado na íntegra no Observatório do Café, do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café. O ano-cafeeiro para a OIC compreende o período de outubro a setembro.
Com relação às exportações globais, a OIC destaca neste seu Relatório que o volume acumulado, nos cinco primeiros meses, do presente ano-cafeeiro, ou seja, de outubro de 2020 a fevereiro de 2021, atingiu 52,81 milhões de sacas de 60kg, o que representa um aumento de 2,5%, se comparado com o mesmo período passado. Com base ainda nestes dados da OIC, é possível verificar que a exportação de café do continente africano apresentou queda de 12,2% ao registrar 4,9 milhões de sacas. Uganda, maior produtor africano, teve um aumento de 9,6% nas exportações, e, em contrapartida, Etiópia, Costa do Marfim e Quênia apresentaram redução de 31,6%, 54,1% e 10,8%, respectivamente.
Com base nesses mesmos comparativos, as exportações da Ásia & Oceania caíram 9,4% ao totalizarem 15,4 milhões de sacas. O Vietnã, maior país produtor da região, apresentou queda de 16,4%, ao exportar 9,8 milhões de sacas, enquanto que as vendas ao exterior da Indonésia caíram 20,5%, ao totalizar 3,1 milhões de sacas. A Índia exportou 1,9 milhão de sacas, nos cinco primeiros meses do ano-cafeeiro 2020-2021, volume que representou redução de 4,6%, se comparado ao mesmo período anterior.