Foi dado o primeiro passo para o ciclo 2023 do Programa de Desenvolvimento da Gestão das Cooperativas (PDGC), que há 10 anos vem auxiliando as coops a alcançarem a cultura da excelência. O Sistema Ocemg realizou, no dia 28 de fevereiro, no Centro Cultural Unimed-BH Minas, em Belo Horizonte, um evento que apresentou modelos inspiradores de gestão e governança pautados pelo programa, bem como os resultados alcançados ao longo dos anos, para um público de 540 dirigentes e gestores de cooperativas.
Por ocasião da abertura do evento, o presidente do Sistema Ocemg, Ronaldo Scucato, jogou luz na participação das pessoas no cooperativismo como o cerne para o sucesso do PDGC e agradeceu o engajamento das coops mineiras no programa, fazendo do Estado um dos mais participativos e mais reconhecidos no Prêmio SomosCoop Excelência em Gestão.
Por vídeo, o presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas enfatizou sobre o PDGC como instrumento para dar base para o que a Unidade Nacional e as Unidades Estaduais irão oferecer para as cooperativas. Ele comentou ainda sobre a premiação: “Este ano é de Prêmio SomosCoop Excelência em Gestão e espero, novamente, a participação de muitas coops mineiras. A premiação é a nossa forma de reconhecer o esforço e o trabalho de vocês”.
Em sua fala, o superintendente do Sistema Ocemg, Alexandre Gatti Lages, ressaltou dados importantes das organizações de Minas Gerais no Programa. “2022 foi um ano de superação. 437 cooperativas concluíram o PDGC no Estado, um número recorde de participação, que representa 28% em relação ao país, resultando em 1.545 coops participantes. E para este ano temos a expectativa de manter essa meta, que representa mais da metade de cooperativas mineiras no programa”, disse.
Gestão e inovação
Há 10 anos, o PDGC vem auxiliando as cooperativas a alcançarem a visão sistêmica do negócio, e nesse sentido, o evento buscou apresentar modelos inspiradores de estratégias de gestão e governança, considerando principalmente o contexto de inovação tecnológica e a necessidade das instituições de se adaptarem ao novo.
Para tal, um dos palestrantes convidados foi Diego Barreto, vice-presidente de Finanças e Estratégia do iFood, que abordou o tema nova economia, mudanças, tecnologia e inovação. Ele frisou que o passado serve como experiência, mas que permanecer com as mesmas ideias, nos tempos atuais, é estar fadado ao esquecimento no mundo dos negócios. “Nós somos englobados pelo sistema de nostalgia quando envelhecemos, mas precisamos trabalhar para eliminar esse sentimento e entender melhor o que está por vir”, comentou.
Fabio Seidl, diretor Global de Desenvolvimento Criativo da Meta em Nova Iorque, complementou este raciocínio em sua palestra intitulada O futuro não está escrito. Com exemplos que englobam novas tecnologias, Seidl ressaltou: “Para saber como será o futuro, é preciso conversar com quem estará lá, os jovens, as crianças. Lembre-se: quem constrói o futuro são as pessoas, não empresas ou novas tecnologias”.
O painel lideranças conscientes trouxe exemplos de boas práticas para munir o público de boas ideias. Os convidados foram: Patrícia Braile, sócia da Braile Biomédica e Vice-Presidente do Instituto Ética Saúde; Paulo Boneff, líder de Responsabilidade Social da Gerdau)
Luciana Lima, uma das consultoras que participou da formulação do PDGC em 2013; Alberto Oppata, presidente da Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu (CAMTA), no Pará.
Com um case sobre a imigração japonesa para o Estado paraense, Oppata deu uma aula sobre reinvenção e reposicionamento da cooperativa ao longo dos anos. A CAMTA tem 91 anos e passou por diversos percalços até atingir a maturidade das culturas que dão mais certo na região, a educação dos cooperados para se valorizarem como produtores e a implementação do modelo de agrofloresta, que consegue associar a produção de alimentos e a preservação das florestas, trazendo vantagens para os dois ecossistemas.
Por fim, o cordelista Braulio Bessa levou poesia, emoção e diversão ao público, fechando a programação do lançamento do ciclo 2023 PDGC.