Brasília – Técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) chegaram à conclusão de que o herbicida glifosato não causa câncer, embora tenham recomendado uma série de precauções no seu uso, em meio à crescente pressão internacional para reduzir a utilização do produto químico.
Empresas como Bayer AG e sua unidade Monsanto, que produzem pesticidas à base de glifosato, enfrentam disputas legais relacionadas a alegações de que o químico poderia causar câncer.
Um novo estudo publicado neste mês também liga a alta exposição ao câncer.
“Não há evidências científicas de que o glifosato cause danos à saúde além dos demonstrados em testes de laboratórios com animais”, declarou Alessandra Soares, diretora da Anvisa e relatora do caso.
Os resultados, se aprovados, permitiriam a continuidade das vendas do glifosato, o herbicida mais comercializado no País, ainda que com algumas restrições. A equipe de análise de riscos da Anvisa apresentou ontem as conclusões aos diretores da agência, que votaram por colocá-las em uma consulta pública de 90 dias antes de uma decisão final.
Novos limites – Apesar de a agência ter definido o herbicida como não-cancerígeno, os analistas da Anvisa dizem que os riscos para a saúde permanecem para aqueles expostos à substância quando ela está sendo aplicada às plantações e sugeriram novos limites à exposição.(Reuters)
Fonte: Diário do Comércio