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Bienalidade negativa deve afetar produção neste ano

18/01/2019
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Impacto pode ser maior em Minas.

A produção de café no Brasil deve reduzir este ano, sinalizando ficar entre 50,48 e 54,48 milhões de sacas beneficiadas, devido à influência da bienalidade negativa nos cafezais, processo natural em que a planta se recupera do maior direcionamento de energia para a frutificação na safra passada, sobretudo na espécie arábica.

O volume total que inclui também o conilon, menos atingido pelo fenômeno, perde cerca de nove milhões de sacas para a safra 2018, que foi a maior colheita da série histórica do grão.

Os números são do 1º Levantamento da Safra de Café, divulgado ontem pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Também a área em produção sofre redução de 1,2% comparada à da última safra, podendo atingir 1.842 mil hectares.

A produção do arábica está estimada entre 36,12 e 38,16 milhões de sacas, apresentando uma redução comparativa à colheita passada de 23,9% a 19,6%, respectivamente. Já o conilon tem comportamento inverso e cresce a uma taxa de 1,3% a 15,2%, com possibilidade de atingir entre 14,36 e 16,33 milhões de sacas referentes a cada um dos percentuais, ajudado principalmente por situações climáticas favoráveis e por não sofrer tanto os impactos do ciclo bienal.

O estado mais prejudicado pelo fenômeno é Minas Gerais, responsável por mais da metade do volume colhido no País, podendo alcançar entre 26,4 e 27,7 milhões de sacas contra a boa marca de 33,36 milhões da safra passada, que foi de bienalidade positiva. O destaque da produção estadual é a região Sul do Estado, que tem uma perspectiva de produção entre 14,49 e 15,18 milhões de sacas.

O Espírito Santo, que responde pela maior produção do café conilon, com cerca de 65% do total do País, deve registrar as marcas entre 12,48 e 14,73 milhões de sacas, semelhante às da safra anterior, com seus 13,74 milhões de sacas.

Café solúvel – Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics), as exportações do produto pelo País totalizaram o equivalente a 3.695.260 sacas de 60 kg em 2018, superando em 6% os embarques registrados em 2017. Em receita cambial, porém, houve um declínio de 7%, com o ingresso de divisas saindo de US$ 642,5 milhões para US$ 595,7 milhões no ano passado.

O desempenho das exportações de solúvel do Brasil coloca o segmento no segundo lugar entre os tipos de café remetidos ao exterior em 2018, respondendo por 10,5% do total e ficando atrás apenas da variedade arábica, com sua representatividade de 82,4%. O preço médio do produto, de janeiro a dezembro, foi de US$ 161,20 por saca. Aguinaldo Lima, diretor de Relações Institucionais da Abics, destaca que, em relação ao volume das remessas, o País registrou crescimento para a maioria dos continentes, com exceção à África (-18,7%) e União Europeia (-2,8%). “No segundo caso, o recuo foi puxado pela Alemanha, que diminuiu em 27% a importação do café solúvel brasileiro”, revela.

Nos países europeus que não compõem o bloco econômico, o ingresso do produto cresceu 39,1%, puxado pelos avanços registrados na Ucrânia (+41%) e na Sérvia (+37%). O continente asiático também apresentou avanço em volume, que foi liderado pelos crescimentos em Indonésia (+33%), Myanmar (+78%) e Coreia (+26%), respectivamente quarto, nono e 15º principais clientes brasileiros.

O diretor da Abics também destaca a maior penetração do café solúvel brasileiro nas nações da América do Sul. “Observamos um crescimento de 27,5% em volume, com destaque para o avanço nas importações de Argentina, com 21%, Peru, com 104%, e Chile, com 80%. Esses países ocupam os postos de quinto, 10º e 17º no ranking mundial de destinos das exportações nacionais”, aponta.

No que se refere à receita obtida com as exportações de café solúvel do Brasil, houve recuo em quase todos os continentes. “As exceções foram a América do Sul, onde houve alta de 6,5%, e os países europeus fora da UE, que gastaram 24,1% a mais. O desempenho positivo nessas localidades se deveu ao crescimento do volume exportado”, conclui Lima. (Com informações da Conab e Abics).

Fonte: Diário do Comércio

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