A comercialização da safra brasileira de café de 2021/22 até o último dia 10 de maio atingia 94% da produção, contra 92% do mês anterior. O dado faz parte de levantamento mensal de SAFRAS & Mercado. O percentual de vendas é superior a igual período do ano passado, quando estava em 93% da safra. O fluxo de vendas também está acima da média dos últimos anos para o período (91%).
Assim, já foram negociadas 53,26 milhões de sacas de uma produção estimada em 2021/22 por SAFRAS & Mercado de 56,5 milhões de sacas.
Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach, as vendas no mercado físico de café do Brasil continuam cadenciadas, em movimento típico de entressafra. “A volatilidade de ICE (Bolsa de Nova York) e no dólar gera incerteza e contribuiu para a cautela do vendedor. Muitos produtores retardam vendas apostando no dólar e frio, preferindo também aguardar o resultado da safra brasileira 2022. O fato é que os negócios andam de forma lenta, com foco comercial já voltado para a safra nova, que está iniciando os trabalhos de colheita”, aponta Barabach.
A comercialização de arábica chega a 93% da safra 2021, um comprometimento mais alto que igual período do ano passado, quando 91% havia sido vendida. E também acima da média de 5 anos para o período (90%). Já as vendas de conilon chegam a 97% da safra BR-21, em linha com igual época do ano passado, mas acima da média dos últimos cinco anos (95%).