Grão teve elevações superiores a 110% no ano passado
O café é um dos grãos que mais valorizou no ano de 2021. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), a saca do grão estava R$ 843 mais cara no final de 2021 se comparada com o mesmo mês do ano anterior. Em dezembro de 2020, o café tinha preço base na Bolsa de Valores de Nova York de cerca de R$ 598,23. Um ano depois, o valor atingiu R$ 1.441,82. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apontou que, em um ano, a alta do café moído foi de 42%.
Os fatores que puxaram essa valorização foram o dólar alto e os problemas climáticos, como geadas, granizo e seca, que fizeram a produção cair. Os maiores impactos foram em Minas Gerais, São Paulo e Paraná, especialmente nas variedades arábica.
Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontam que na safra passada a produção foi de 47,7 milhões de sacas de 60 kg. Para este ciclo são esperadas 55,7 milhões de sacas, um avanço de quase 17%. Desse total devem ser 38,7 milhões de sacas de café arábica beneficiado, acréscimo de 23,4% em comparação à safra anterior. Já no conilon expectativa de produção de 16,9 milhões de sacas de café beneficiado, aumento de 4,1% em relação à safra anterior
“A partir de março, quando tivermos mais esclarecido quanto vai ser a safra, o preço deve se estabilizar”, diz Celírio Inácio, diretor da Abic.
Fonte: AGROLINK