Receita estimada para os Cafés do Brasil totaliza R$ 28,07 bilhões, sendo R$ 23,22 bilhões para arábica e R$ 4,85 bilhões para conilon
Com base nos dados dessa pesquisa, se for estabelecido um ranking do faturamento bruto estimado para as cinco regiões geográficas brasileiras que produzem café, considerando as duas espécies (arábica e conilon), em ordem decrescente, constata-se que a Região Sudeste desponta em primeiro lugar com R$ 25,17 bilhões, cujo montante equivale a 89% do faturamento total, seguida pela Região Nordeste que teve sua estimativa calculada em R$ 1,26 bilhão, a qual corresponde a 4,5%.
Dando continuidade a este ranking, em terceira posição vem a Região Norte com a receita bruta estimada em R$ 878,31 milhões, que corresponde a 3,13%. E, na sequência, em quarto lugar, figura a Região Sul com R$ 512,60 milhões de potencial arrecadação com a atividade cafeeira, o que equivale a 1,83%. Por fim, em quinto, encontra-se a Região Centro-Oeste que tem o faturamento bruto da lavoura cafeeira estimado em R$ 237,47 milhões, montante que corresponde a 0,85% do total estimado para todas as lavouras dos Cafés do Brasil.
No mesmo contexto desta análise do faturamento bruto estimado para as lavouras produtoras de café, se for elaborado um ranking exclusivamente para os cafés da espécie arábica, cuja receita total estimada para essa espécie foi de R$ 23,21 bilhões, tem-se a seguinte performance: as Regiões Sudeste e Nordeste, à semelhança do ranking anterior, figuram em primeiro e segundo lugares, respectivamente, com faturamentos estimados em R$ 21,81 bilhões, cuja cifra corresponde a 93,9%, e R$ 681,69 milhões que equivalem a 2,94%, do total da espécie arábica.
Na sequência, a terceira colocada nesse ranking é a Região Sul com R$ 512,60 milhões (2,21%), seguida pela Região Centro-Oeste com R$ 195,04 milhões (0,84%). E, por fim, a Região Norte, em quinto lugar, com R$ 16,71 milhões, o que equivale a 0,07 % do faturamento total dos cafés arábicas.
Os dados e números da performance dos Cafés do Brasil, ora em destaque, os quais permitem elaborar diversas análises e comparações do faturamento bruto das lavouras cafeeiras brasileiras, constam do Valor Bruto da Produção – VBP maio/2020 que é elaborado e divulgado pela Secretaria de Política Agrícola – SPA, do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento – Mapa, o qual está disponível na íntegra, assim como todas as demais edições desse documento, no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café.
Complementando esta análise do faturamento das lavouras de café com a espécie conilon, cuja receita bruta total para este ano de 2020 está estimada em R$ 4,85 bilhões, verifica-se que o ranking das quatro regiões produtoras, uma vez que a Região Sul brasileira não produz café conilon, tem a seguinte configuração: na primeira posição, novamente, destaca-se a Região Sudeste com R$ 3,36 bilhões, receita que corresponde a 69,3%, seguida pela Região Norte com R$ 861,59 milhões (17,8%). Em terceira posição vem a Região Nordeste com R$ 584 milhões (12%), e, por última, em quarto lugar, a Região Centro-Oeste com R$ 42,42 milhões, os quais equivalem a 0,9%.
Finalmente, vale destacar que, como o VBP dos Cafés do Brasil da safra de 2019 foi calculado em R$ 20,50 bilhões, incluindo as duas espécies de café (arábica e conilon), e tendo em vista que o da safra de 2020, objeto desta análise, está estimado em R$ 28,07 bilhões, constata-se que haverá uma expressiva variação percentual positiva de 36,9% no faturamento bruto total das lavouras de café, caso tais números se confirmem nas próximas pesquisas no decorrer deste ano.
Neste contexto, registre-se também que o VBP da lavoura de café arábica deverá ter um crescimento de aproximadamente 48%, se comparado o faturamento de 2019 (R$ 15,67 bilhões) com o estimado para 2020 (R$ 23,21 bilhões). Tal incremento vultoso decorre principalmente da bienalidade dessa espécie de café, que alterna produção maior em um ano com safra menor no ano seguinte. E, com relação ao café da espécie conilon, a variação percentual será bastante modesta, de apenas 0,6%, haja vista que o VBP da safra de 2019 foi calculado em R$ 4,82 bilhões e o de 2020 está estimado em R$ 4,85 bilhões.