Construir alicerces sólidos para um processo permanente e natural de ocupação de espaços pelas mulheres vem pautando as reuniões do Comitê de Mulheres Cooperativistas – Elas pelo Coop MG. No Estado o grupo é formado por 11 cooperativistas, que se reuniram no dia 27 de setembro, no centro de treinamentos do Sistema Ocemg, em Belo Horizonte, para a terceira reunião do grupo, tendo como pauta a elaboração dos direcionadores estratégicos do Comitê como: propósito, missão, modelo de atuação, forma de organização e entregas, e elaboração do Regimento Interno.
Além disso, foi criado um Plano de Ação para o Desenvolvimento da Participação Feminina no Cooperativismo Mineiro, por meio da organização das necessidades e expectativas coletadas durante o Encontro de Mulheres Cooperativistas, realizado em maio. O material buscará prever ações de curto, médio e longo prazo, considerando iniciativas a serem realizadas pelo Sistema Ocemg, pelo Comitê e pelas próprias cooperativas. E para mensurar tudo isso, foi elaborada a sistemática de monitoramento do plano de ação e resultados auferidos.
O diálogo e a metodologia adotados nessa reunião foram coordenados pelas instrutoras Cláudia Moura e Adriana Melillo, que estiveram na condução dos trabalhos durante o Encontro de Mulheres.
Cláudia explicou que o Encontro de Mulheres, este ano, além de reunir as 330 cooperativistas, focou no resultado que se procura extrair com essa ação. “E hoje o Comitê está estruturando o que foi debatido no evento, as pautas que as participantes levantaram como questões de machismo estrutural, ameaça às mulheres, e agora elas vão ser trabalhadas em um Plano de Ação”, contou.
Para Cáthia Rabelo, presidente da Fencom e integrante do Comitê, o Encontro marcou um retorno pós pandemia. Ela já havia participado de um evento e notou uma grande diferença após a reformulação: “A primeira mudança foi a criação do comitê, algo que eu já sentia falta. Esse grupo vai ser o início de inúmeras realizações, porque temos muitas batalhas para vencer no cooperativismo ainda, e a parte da atuação da mulher, do jovem e de outros grupos é muito importante nesta caminhada”, disse.
“Estar neste Comitê é uma oportunidade ímpar. Fiquei muito lisonjeada pelo convite, que recebi como uma grata surpresa por ser algo inovador no nosso Estado”, complementou Samira Costa, gerente de Desenvolvimento Humano da Coocafé, que destacou que a cooperativa do ramo agro tem a particularidade de ter a atuação da mulher muito em parceria com seu marido e o objetivo dela como membro do grupo é de trocar experiências e aplicar na região em que atuam.