O desempenho do crédito rural, de julho de 2019 a fevereiro deste ano, teve um aumento de 8% no valor das contratações, somando R$ 126 bilhões e contabilizou mais de 1 milhão 384 mil contratos, o que representa aumento de 3% em relação à safra passada.
Segundo Wilson Vaz de Araújo, diretor de Financiamento e Informação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, ?trata-se do maior volume de financiamento já realizado nos primeiros oito meses do plano safra, evidenciando o bom momento da agropecuária, confiança e retomada da economia brasileira?.
O crédito de investimento obteve um crescimento de 20% no valor das contratações e o de industrialização, de 69%. O valor dos desembolsos de custeio foi de R$ 69,3 bilhões, enquanto o de investimento e de industrialização foram, respectivamente, R$ 35 bilhões e R$ 8,2 bilhões.
O Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) vem respondendo favoravelmente ao aumento da exigência de aplicação dos recursos obrigatórios, a subexigibilidade do Pronamp, que nesta safra subiu de 20% para 25%. Esse retorno foi constatado pelo maior número de contratos de custeio formalizados com essa fonte de recursos, com aumento de 64%, e os mesmos 64% de aumento para o respectivo valor contratado. No total, considerando todas as fontes de recursos, foram contratados 111.642 contratos de custeio no Pronamp, aumento de 28%. Em valores, os contratos somam R$ 16,5 bi, com aumento de 42%.
No custeio do Pronaf (Agricultura Familiar) foram aplicados R$ 10,2 bi, aumento de 14%, em 357.127 contratos. A aplicação de crédito de custeio dos demais agricultores, não vinculados ao Pronaf e ao Pronamp, contabilizou queda de 5% no valor, com R$ 42,5 bi aplicados e recuo também no número de contratos, com 128.340 formalizações (-33%).
O investimento no Pronamp, Pronaf e demais cresceu, em termos de valores aplicados, 83%, 18% e 17%, respectivamente. Quanto aos programas específicos de investimento, houve variação positiva na aplicação de praticamente todos os programas, com destaque para o Programa ABC – Programa para Redução da Emissão de Gases de Efeito Estufa na Agricultura (51%), Inovagro – Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária (72%) e PCA – Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (47%) em relação à safra passada.
Quanto às fontes de recursos do crédito rural, as controladas participaram com 75% das aplicações, com destaques para os Recursos Obrigatórios (29%) e para a Poupança Rural (25%). Já as fontes não controladas, que participaram com os restantes 25% da aplicação do crédito rural, destacam-se a LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) com R$ 17,9 bi, os Recursos Livres, com R$ 7,6 bi e a Poupança Rural Livre, com R$ 4,4 bi.
Os números fazem parte do Balanço de Financiamento Agropecuário da Safra 2019/2020, divulgado nesta quinta-feira (5) pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), com base nos dados do Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro (Sicor), do Banco Central.
Fonte: Mapa