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Coop mineiro ganha novos agentes de transformação e prosperidade social

16/12/2024
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Projetos de desenvolvimento sustentável construídos de forma intercooperativa são apresentados em evento de encerramento da 4a turma do programa ATPS

 

Preparar pessoas para identificar as necessidades de uma região e implementar ações capazes de impactar positivamente a realidade socioeconômica dos territórios atendidos por cooperativas mineiras. Essa é a missão do Programa de Formação de Agentes de Transformação e Prosperidade Social (ATPS) realizado pelo Sistema Ocemg em parceria com a Fundação Dom Cabral, que conta com 194 horas de capacitação, realizadas ao longo de um ano. “Os profissionais formados no programa ATPS são capacitados para contribuir diretamente na promoção do desenvolvimento sustentável das áreas de atuação das suas cooperativas”, explica o presidente do Sistema Ocemg, Ronaldo Scucato. “Desde que lançamos o curso, em 2020, eles vêm contribuindo de forma decisiva para fazer do cooperativismo um catalisador do crescimento econômico, social e sustentável de dezenas de municípios ou comunidades.”

No dia 10 de dezembro, aconteceu, no auditório do Centro de Treinamento da Casa do Cooperativismo, o Seminário de Apresentação de Projetos do ATPS que marcou a conclusão da 4ª turma do programa. Na ocasião, 35 participantes de 16 cooperativas mineiras, organizados em nove grupos de trabalho, apresentaram propostas com foco no desenvolvimento econômico e social de comunidades, bem como de iniciativas voltadas a melhoria de questões ambientais críticas que tanto impactam na saúde das pessoas, quanto na sustentabilidade do meio ambiente (veja abaixo). A qualidade das propostas impressionou as cerca de 40 lideranças cooperativistas que assistiram as apresentações, inclusive de forma online, valendo um destaque para dois representantes da Universidade Católica de Lisboa.

“Os agentes de transformação e prosperidade social formados pelo programa do Sistema Ocemg estão colocando suas cooperativas como epicentro de desenvolvimento sustentável dos municípios onde atuam”, elogiou Andréa Sayar, gerente de Educação e Desenvolvimento Sustentável da Casa do Cooperativismo Mineiro. “Não adianta a cooperativa ser uma ilha de prosperidade, se ela estiver mergulhada em um oceano de misérias e atrasos. Daí a importância dos projetos apresentados por essa turma.”

Todas as propostas foram desenvolvidas de modo a atender a um ou mais Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU (ODS), que prevê até 2030, combater os principais desafios globais que incluem erradicar a pobreza, alcançar a igualdade de gênero, promover a paz e a justiça, o acesso à água potável e ao saneamento, dentre outros. Além disso, vinculam-se, em algum grau, ao negócio das cooperativas proponentes, garantindo que essas ações também contribuam com a incorporação ou incremento das suas práticas de ESG. Conheça os nove projetos apresentados:

 

1. +Coop Turismo

A proposta do grupo foi desenvolver um braço do programa +Coop Desenvolvimento Sustentável voltado para a cadeia produtiva do turismo. Para tanto, os municípios de Três Marias e de Sacramento, na Serra da Canastra, foram a proposta do piloto. “O foco do projeto será o turismo de base comunitária, que tem a comunidade como protagonista de todo o processo que vai gerar mais trabalho e renda, por meio de diversas atividades, como a produção de doces e quitandas, do artesanato e outros produtos que possam valorizar as culturas e tradições locais, atraindo turistas e agregando valor à cadeia do turismo local  atividades”, explicou Lidiane Arantes, analista de Educação e Desenvolvimento Sustentável do Sistema Ocemg, formada na Turma 2024 do Programa ATPS

 

2. Equidade de Gênero em Contagem

A geração de renda e a inserção de mulheres no mercado de trabalho da construção civil, foi o foco da proposta dos novos agentes de transformação e prosperidade social do Sicoob Credinacional, do Sicoob Credimepi e da Unimed BH. Identificando, inicialmente, um local de atuação comum das três cooperativas, o grupo apresentou um projeto de inclusão produtiva e geração de trabalho e renda. “Nosso projeto capacitará, inicialmente, 25 mulheres, na cidade de Contagem, que vivem em condições de vulnerabilidade social, por meio de um programa de seis semanas de treinamento relacionados com atividades na construção civil. Além da parte técnica, o curso também terá o módulo complementar Projeto de Vida, com temas que abordam a saúde da mulher, saúde mental e ocupacional, como também planejamento de vida, finanças pessoais, empreendedorismo e mentalidade cooperativista”,  explicou a analista de Organização do Quadro Social (OQS) pleno do Sicoob Credimepi, Larissa Mendes.

 

3. Investimento Artesanal em Baldim

Transformar a cidade mineira de Baldim na capital brasileira dos doces, reconhecida tanto por ser a maior produtora, quanto pela qualidade e variedade desses produtos. O projeto que, de alguma forma também visa ao desenvolvimento do turismo local, visa garantir, também a geração de trabalho e renda local e ampliando o número de pessoas beneficiadas que, atualmente conta com 39 produtores artesanais. Essa é a meta dos novos agentes  que representaram do Sicoob Credisete. “Apesar da vocação para a produção artesanal de doces, a estruturação do negócio no município não é profissionalizada. Dessa forma, nosso objetivo é o incentivo à inclusão, organização e profissionalização dos produtores artesanais locais, por meio de programas de capacitação e treinamentos periódicos”, apresentou Marina Gazire, agente administrativa da Sicoob Credisete. Vinculando ao negócio da cooperativa proponente, será gerada uma linha de microcrédito que potencialize o desenvolvimento dessa atividade econômica. Ainda, no futuro, pretende-se organizar os produtores em uma cooperativa de produção.

 

4. Estímulo ao Empreendedorismo Feminino em Timóteo

O Sicoob Credicooper e o Sicoob Vale do Aço, se propuseram a abraçar e estimular o empreendedorismo feminino, tendo como foco o grupo “Coisas de Mãe”, composto por mais de 100 mulheres, na cidade de Timóteo. Formado por mulheres de diversas profissões e donas de casa de classes sociais e realidades diversas, o programa visa capacitar essas pessoas para se engajarem em iniciativas empreendedoras, individuais ou coletivas, propiciando a geração de trabalho e renda e a autonomia financeira das participantes. “Pretendemos realizar palestras de temas relevantes para essas mulheres, ainda no início de 2025, além de acompanhar cada empreendimento por meio de mentorias em grupos e, ainda, disponibilizar linhas de crédito com taxas reduzidas para alavancarem seus negócios”, disse Thaís de Paula Silva, agente de investimento social do Sicoob Credcooper, vinculando o projeto ao negócio da cooperativa.

 

5. Preservação ambiental em Três Pontas

Já os agentes das cooperativas Cocatrel, Unimed Circuito das Águas, Sicoob Nossocrédito e Sicoob Credivar, têm como objetivo, combater a contaminação das águas na zona rural de Três Pontas. “O projeto visa construir fossas ecológicas em 10 propriedades rurais, de forma a evitar o descarte dos resíduos em córregos e rios que, além de combater a contaminação do solo e do lençol freático”, explicou o Técnico em Sustentabilidade e ESG, da Cocatrel, Tchaikovisk Amaral. Futuramente, as cooperativas vislumbram a possibilidade de gerar biogás que possa suprir necessidades das casas e propriedades rurais atendidas. A proposta já está em fase de implementação e a expectativa é que a iniciativa possa ser replicada posteriormente. Do ponto de vista de aderência aos negócios das cooperativas participantes, para a Cocatrel são garantidas melhores condições de trabalho e vida para os produtores rurais, seus empregados e respectivas famílias, além de uma melhor condição sanitária na produção agrícola. Do ponto de vista a Unimed Circuito das Águas, o projeto tem uma vinculação direta ao combate de determinadas doenças em que, somente a higiene, já é uma ação preventiva. Finalmente, para as cooperativas do Sicoob, há a possibilidade de geração de linhas de crédito para o investimento em construção de novas fossas.

 

6. Coleta seletiva para fortalecer São Roque de Minas

Transformar este município em uma referência na coleta seletiva, por meio da implementação de um programa de coleta de embalagens de defensivos agrícolas, seu correto manuseio, seja para um processo de reciclagem ou de descarte responsável, é o desafio central apresentado pelo time do Sicoob Sarom. “Nossa missão é implantar uma estação de reciclagem e também engajar a população nesse processo de coleta e descarte adequado, resultando no impacto social, econômico e ambiental positivo”, afirmou o analista de gestão estratégica pleno do Sicoob Sarom, Gabriel de Freitas Faria.

 

7. Educação Ambiental em Muriaé

A preservação do meio ambiente também é o tema do projeto do Sicoob Credisudeste, que pretende criar ecopontos para coleta de resíduos sólidos, na cidade de Muriaé. “As pessoas misturam o lixo, pois confundem o que é reciclado e o que não é. Então pretendemos fazer esse trabalho de conscientização com educação ambiental e criar uma rede de ecopontos em praças públicas e próximo às escolas”, destacou o analista administrativo do Sicoob Credisudeste, Hendrik Laviola de Freitas.

 

8. Equilíbrio sustentável no Vale do Mucuri

A educação ambiental é o foco do Sicoob Credinorte e Sicoob Carlos Chagas. O técnico agrícola do Sicoob Carlos Chagas, Tiago Wan Der Maas Silva, explicou que a proposta é levar para produtores rurais no Vale do Mucuri, ações que incluem  treinamentos, apoio técnico, elaboração de propostas de crédito para o financiamento da adequação ambiental e a criação de um viveiro de mudas. “Para garantir a sustentabilidade no campo, uma dessas ações é a criação do viveiro de mudas na Escola Família Agrícola de Serra dos Aimorés (EFASA). A iniciativa pretende aliar o conhecimento teórico ao prático, visto que os próprios professores poderão utilizar as mudas nativas para a recuperação de nascentes e áreas degradadas e, consequentemente, compensar o carbono que as nossas cooperativas geram”, detalhou.

 

9. Combate ao abuso sexual infantil em Ipatinga

Proteger as crianças e os adolescentes foi o objetivo do Sicoob Cosmipa, Unimed Vale do Aço e Sicoob AC Credi, que visam combater o abuso e à exploração sexual infantil na cidade de Ipatinga —  município que registra o terceiro maior  número de denúncias de abuso de crianças e adolescentes em Minas Gerais. “A proposta pretende criar uma rede de pessoas envolvidas, além de promover encontros de sensibilização com educandos e a integração de cooperativas com o Núcleo de Prevenção de Acidentes e Violências (NUPAV)”, pontuou Katia Brito, analista de Responsabilidade Social da Unimed Vale do Aço.  “É necessário promover um novo olhar que proteja a infância, conscientize e capacite a sociedade para prevenir o abuso infantil”.  Considerando que as doenças mentais, incluindo ansiedade e depressão, são causas de grandes transtornos que vêm desde a infância, para a Unimed Vale do Aço o projeto se torna uma prática que pode influenciar inclusive em políticas públicas que corroborem com melhores índices de saúde, que impactam positivamente em seu negócio.

 

O QUE FOI FALADO NO EVENTO?

 

“O Sistema Ocemg está de parabéns por essa iniciativa, que vem ao encontro de tudo que nós precisamos e é fundamental para fomentar novas ideias e colocar em prática os princípios cooperativistas. Estou ansiosa para ver, na prática, os resultados dessas propostas, e imagino o reflexo na comunidade e dentro da cooperativa.”

Zélia Maria Rabelo, presidente do Conselho de Administração do Sicoob Cosmipa

 

“Os gestores das cooperativas devem conhecer e investir nesses projetos. São eles que podem avaliar a necessidade eventual de investimento, articulação regional com outras instâncias e outras entidades. Por isso, é fundamental a participação da alta liderança para que essas propostas realmente sejam executadas e deem os resultados”.

Carlos Eduardo Borges, gerente da Fundação Dom Cabral

 

“Hoje é um dia muito especial, pois esse evento é fruto da energia de um ano inteiro de trabalho que não encerra aqui. São muitos projetos que precisam do compromisso não só dos agentes que participaram do programa, mas também dos gestores e outros parceiros, para que agora possam crescer e transformar a comunidade, que é o nosso grande objetivo”.

Gabriela Reis, coordenadora e professora da Fundação Dom Cabral

 

“O programa ATPS nos ajudou a abrir a mente para entender como realmente funciona o desenvolvimento do projeto, não só para nós que estamos fazendo, mas também para quem está recebendo e os stakeholders”.

Tchaikosvik Amaral, técnico em Sustentabilidade e ESG da Cocatrel

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