Evento será realizado em 15 de maio na cidade de Monte Carmelo, Minas Gerais
A cidade de Monte Carmelo (MG) irá sediar, em 15 de maio, a 2ª Jornada: O Mercado e o Café Carbono Neutro, promovida pela Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado de Monte Carmelo (monteCCer), com apoio do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) e Conselho Nacional do Café (CNC).
O evento tem a finalidade de avançar com o debate das diversas urgências do clima, das leis e das metas de descarbonização para que o setor alcance a neutralidade das emissões de gases de efeito estufa. “Será um dia de muito trabalho. Estamos desenvolvendo a programação com palestras e painéis sobre a importância de conciliar a produção com conservação dos nossos ecossistemas através das práticas regenerativas, e da desmistificação do mundo do carbono. Serão levados à mesa o valor da cafeicultura brasileira e a de sua atuação responsável rumo à produção do café carbono neutro. Essas são pautas que acreditamos serem fundamentais no nosso dia a dia”, ressalta Francisco Sérgio de Assis, presidente da monteCCer e da Fundação de Desenvolvimento do Cerrado Mineiro – Fundaccer.
AGENDA DO DIA
A 2ª Jornada irá debater a bioeconomia do café; políticas verdes; a integração do uso de químicos com biológicos; o papel do Brasil como potência socioambiental global, bem como o lado econômico e os desafios para os produtores cumprirem regulamentos socioambientais e, de forma coletiva, atingirem as metas assumidas na cadeia do café.
O evento irá reunir os principais atores da cafeicultura nacional e convidados internacionais, como Daniel Barcelos Vargas, coordenador do Observatório de Bioeconomia da Fundação Getúlio Vargas; Eduardo Bastos, Presidente da Câmara do AgroCarbono no Ministério da Agricultura (Mapa); Alfredo Nicastro, Vice-Presidente Sênior, Chefe Global de Mercados de Carbono na Stonex;
Bruno Galvão, advogado do Blomstein; Michael Von Luehrte, consultor que atuou na Associação Suíça do Comércio de Café e na Federação Europeia do Café; Paula Packer, Chefe Geral da Embrapa Meio Ambiente; Martha Gabriel, Futurista pelo Institute for the Future (IFTF); Márcio Cândido Ferreira, Presidente do Cecafé; Pavel Cardoso, Presidente da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC); Silas Brasileiro, Presidente do Conselho Nacional do Café (CNC); Peter Lerch, Gerente de contas de cafés da Rainforest Alliance nos países nórdicos; entre outros.
A expectativa é possibilitar a participação das partes interessadas formadas por produtores, cooperativas, Organizações não Governamentais (ONGs), exportadores, importadores, torrefadores, agentes financeiros, indústria de químicos e biológicos, pesquisadores, universidades, consultores e técnicos.
“Haverá, durante o dia de trabalho, debates importantes e relevantes para a tomada de decisão das atitudes necessárias nessa fase de transição ao atendimento às inúmeras exigências das novas leis europeias, importante continente consumidor de café. Nossos cafeicultores produzem café sob a mais rígida legislação ambiental e social do mundo e tem no seu direito constitucional o uso da terra garantido pelo código florestal brasileiro. E qual o diferencial positivo que recebemos por isso?”, questiona Francisco Sérgio, presidente da monteCCer.
Para esta segunda edição, a Jornada conta com patrocínio oficial do Sicoob Montecredi e do Programa Socioambiental Viveiro de Atitude que desenvolvem ações socioambientais na comunidade em que estão inseridos.
As vagas são limitadas e a taxa de inscrição é solidária sendo o valor doado a uma instituição filantrópica da cidade. A Jornada é um evento que terá compensação das emissões de gases, com redução no impacto ambiental por meio de ações antes, durante e pós-evento.
O resultado dos debates irá gerar uma carta de sugestões e ações a serem entregues para as principais instituições da cafeicultura mundial com o objetivo de levar a temática para a COP 29 (Azerbaijão) e COP 30 (Brasil), realizada no Pará em 2025.
Mais informações no site: https://jornadacafecarbononeutro.com.br