Em Minas Gerais, ramo conta com mais de 51 mil cooperados distribuídos em 120 cooperativas
“O cooperativismo chega a lugares onde muitas empresas não conseguem ir”. A fala do presidente do Sistema Ocemg, Ronaldo Scucato, destaca um dos grandes diferenciais do cooperativismo: a capacidade de atuar diretamente nas comunidades, estejam elas onde estiverem. Assim, o setor valoriza as pessoas, seja por meio de ações, serviços ou pela criação de oportunidades.
Na promoção da saúde não é diferente. As coops da área representam uma alternativa viável para oferecer um atendimento acessível para a população. O vice-presidente do Sistema Ocemg e cardiologista, Samuel Flam, reforça a importância do ramo para o país. “O sistema cooperativista de saúde é robusto e proporciona à população uma medicina de qualidade. As cooperativas estão preparadas para todo tipo de atendimento, como uma extração de dente ou um infarto”, endossa.
Por isso, o Dia Mundial da Saúde, 7 de abril, é motivo de orgulho no coop mineiro. Nos últimos cinco anos, as cooperativas de saúde registraram um aumento de 32% em Minas Gerais. Segundo o Anuário de Informações Econômicas e Sociais do Cooperativismo Mineiro, o Estado conta com 120 cooperativas no setor, 51,5 mil cooperados e 15,5 mil empregados.
O leque oferecido pelas cooperativas inclui: operadoras de planos (42,8%); serviços médicos (20%); clínica médica especializada (8,3%); atendimento odontológico (6,9%); representação institucional (5,5%); atividade de enfermagem (4,8%); fisioterapia (4,8%); atendimento psicológico (2,8%); terapia ocupacional (2,1%); e anestesiologia (2,1%).
Saúde na prática
Segundo a presidente da Uniodonto Belo Horizonte, Lásara Dirli, o cooperativismo odontológico e de saúde é fundamental para a sociedade, “principalmente porque sabemos que a demanda na rede pública é elevada e, frequentemente, o sistema não consegue atender a todos”, esclarece. “Como as cooperativas oferecem atendimento para todas as camadas da sociedade, torna-se mais acessível para as pessoas conseguirem assistência”.
Lásara destaca que até os planos particulares se tornam mais acessíveis. “Quando alguém possui um plano através de uma cooperativa, fica mais simples manter a saúde em dia”, afirma. “A Uniodonto, por exemplo, está presente em todo o Brasil. Assim, temos a capacidade de enviar profissionais capacitados para cidades que, para muitos, não são atrativas para estabelecer um consultório”.
Para Cáthia Rabelo, presidente da Cooperativa de Trabalho Médico, Especialidades e Atividades Correlatas (Femcoop), o cooperativismo de saúde integra um sistema de prestação de serviços robusto. “O ramo alcança uma significativa abrangência, não apenas no Estado, mas em todo o país. Além disso, por meio das atividades do segmento, é viável atrair profissionais com remuneração mais atrativa e, consequentemente, com melhor qualificação”, esclarece.
No cooperativismo, a atenção à saúde é uma prioridade não só para as coops do ramo. Para proporcionar mais conforto no tratamento de milhares de pessoas atendidas pelo Hospital Municipal Dr. Jatyr Guimarães de Paula, em Santa Margarida, o Sicoob Credilivre se comprometeu a doar 1.400m² de porcelanato para a reforma do local, uma necessidade urgente da região. “Nossa contribuição não se limitou ao aspecto material, mas representa um investimento no futuro da saúde local e no bem-estar de todos que dependem desses serviços”, destaca Sebastião de Lourdes Lopes, presidente do Conselho de Administração da cooperativa.
Lopes destaca que quando o cooperativismo, independentemente do setor, se une em prol de uma causa tão significativa como a saúde, os vínculos entre todas as comunidades são reforçados. “Temos a certeza de que a sensação de contribuir para a melhoria das instalações de saúde em sua própria comunidade é extremamente gratificante para os cooperados”, acrescenta. “Saber que suas ações diretas estão causando um impacto palpável, elevando a qualidade dos serviços de saúde e o bem-estar das pessoas ao seu redor, é motivo de orgulho e satisfação”, conclui.