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Cooperativismo fortalece cadeia de produção de queijo cabacinha no Vale do Jequitinhonha

21/08/2023
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     Com o apoio do Sistema Ocemg, produtores criaram associação e caminham para a regularização do produto

 

Produzido há oito décadas, o queijo cabacinha é um dos mais apreciados e procurados no Vale do Jequitinhonha. Devido à sua produção artesanal, o produto possui características únicas de sabor, textura e formato, o que o torna um queijo diferenciado no mercado. Por essas qualidades, o produto ganhou recentemente, status de patrimônio cultural e imaterial mineiro, por meio da lei estadual 24.379, o que ressalta sua importância cultural e histórica para o Estado.

Mas, apesar de o produto fazer parte da cultura e tradição mineira, até hoje a iguaria não possui regulamento técnico de identidade e qualidade. A informalidade impede aos produtores venderem o cabacinha em larga escala, fornecerem o produto para outros Estados ou participarem de concursos.

De olho no potencial do queijo e no desenvolvimento sustentável, social e econômico do Vale do Jequitinhonha, desde o início do ano o Sistema Ocemg tem atuado na organização dos cooperados que trabalham com o produto.

“Nós entendemos a importância de trabalhar essa cadeia produtiva e de fortalecer a produção do queijo cabacinha, que é uma marca do Vale do Jequitinhonha. Começamos a reunir os produtores e formamos um grupo que virou uma associação em julho”, lembra Fabiana Rocha, analista de Educação e Desenvolvimento Sustentável do Sistema Ocemg.

Animado com o apoio da Casa do Cooperativismo Mineiro, o presidente da recém-criada Associação dos Produtores de Queijo do Vale do Jequitinhonha (Aprocaje), José Valério de Souza Filho, afirma que o Sistema Ocemg também tem sido importante na orientação sobre o registro no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Além de ser um diferencial competitivo, o registro é a única forma de garantir o uso exclusivo de uma marca em território nacional e internacional.

“O Sistema Ocemg é responsável por tudo o que conseguimos fazer até agora e, por isso, temos tanta gratidão. Eles enviaram os consultores para nos orientar sobre a criação da Associação e nos apresentaram parceiros. Assim, o Estado estabeleceu quais são os municípios do chamado Circuito Queijo Cabacinha, que são as nove cidades do Vale do Jequitinhonha. As cidades que quiserem entrar depois, precisarão da autorização da Aprocaje”, explica José.

Desenvolvimento Local

Nesta quinta-feira (17), o Sistema Ocemg promoveu uma reunião, na Câmara Municipal de Medina, com o objetivo de iniciar os trâmites para a certificação do queijo cabacinha. Além dos produtores, participaram também parceiros estratégicos para a Associação, como a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas (Emater), o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e o Sicoob Credivale,

“Acreditamos que desenvolver a cadeia produtiva do queijo cabacinha é desenvolver a região, é produzir renda”, explicou Izabella Amaral Sousa, responsável pelo Investimento Social do Sicoob Credivale.

Para prosseguir com o trabalho de regulação e certificação do cabacinha, o Sistema Ocemg aguarda a conclusão de pesquisa realizada pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais e a Universidade Federal São João Del Rey, sobre as técnicas necessárias para a fabricação do autêntico queijo cabacinha.

“Esta é uma etapa do nosso trabalho muito importante para os produtores. O estudo dos moldes de fabricação está  em andamento. A previsão é de que no primeiro semestre de 2024 já esteja concluído, estima o coordenador técnico Regional da Emater de Almenara, Robspierre Ferraz.

Os produtores estão animados com as novas possibilidades. “A gente ainda não pode levar nosso queijo para qualquer lugar, pois se encontrarmos uma barreira sanitária, o produto será barrado. Com a formação da Associação e a futura legalização, a gente poderá vender em diversos locais. O Sistema Ocemg, o Sicoob e os demais parceiros estão proporcionando esses avanços. É um ótimo momento para nós produtores do queijo cabacinha”, testemunha Renato Rocha Santos, produtor da cidade de Pedra Azul.

Depoimento

Desde criança, Cleonice Souza Rodrigues fabrica o queijo cabacinha de forma artesanal com a família. Aos 42 anos, a produtora acredita que a associação vai ampliar o mercado consumidor.

“Eu vejo como uma melhoria para expandir o queijo cabacinha. Aqui no Vale, ele é um queijo bem vendido por ser muito conhecido, mas imagina levar o nosso produto para fora? É uma forma de valorização do legado de família, da nossa história”.

Na próxima reunião, marcada para o dia 14 de setembro, o Sistema Ocemg levará um representante da Associação dos Produtores de Queijo Canastra (Aprocan) para mostrar a atuação da entidade, considerada um case de sucesso por ser uma das mais atuantes do setor.

ExpoQueijo

Entre os dias 24 e 27 de agosto será realizada a ExpoQueijo Brasil – Araxá International Cheese Awards, reconhecido como o maior evento do segmento no Brasil, abrangendo todas as regiões produtoras de queijo do país, com destaque especial para as regiões queijeiras de Minas Gerais.

Patrocinada pela Casa do Cooperativismo Mineiro, a Expoqueijo se consolida como um espaço profissional de grande relevância para o setor, promovendo a troca de conhecimentos e experiências, impulsionando a produção e destacando o Estado de Minas como um importante player na indústria queijeira no mundo.

O assessor Institucional do Sistema Ocemg, Geraldo Magela, será palestrante no evento e falará sobre a importância do cooperativismo no desenvolvimento local. “O mecanismo do associativismo e cooperativismo, e a intercooperação entre as instituições de fomento, contribuem para o apoio e o desenvolvimento de diversas atividades tão importantes para o crescimento sustentável de diversas regiões do Estado, do país e do mundo”, afirma.

A ExpoQueijo é aberta ao público e acontece na cidade de Araxá.

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