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Cooperativismo mineiro é pauta de live organizada pelo Jornal O Tempo e Rádio Super Notícia

05/06/2020
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O presidente do Sistema Ocemg, Ronaldo Scucato, foi o convidado de ontem (5/6) da live organizada pelo Jornal O Tempo e Rádio Super Notícia para discutir o cenário do cooperativismo em Minas. Os veículos ouviram, ao longo da semana, lideranças das entidades de classe mineiras, abordando as perspectivas atuais no cenário econômico e social de cada setor. A conversa foi mediada pela jornalista Helenice Laguardia e junto com o editor de Economia Karlon Aredes.

Durante a transmissão foram abordados assuntos como a força do cooperativismo no mundo, no Brasil e em Minas; a contribuição do segmento para o fortalecimento dos pequenos produtores e demais profissionais, e a relevância das cooperativas neste período de pandemia.

Ao ser levantada a questão sobre a continuidade na prestação de serviços de cooperativas durante o isolamento social causado pelo novo coronavírus, Scucato asseguro: “O cooperativismo têm sido um exemplo neste momento de crise. As cooperativas, geralmente, saem com sucesso desses vendavais críticos”. E frisou ainda: “Os ramos Crédito, Saúde, Agropecuário e Transporte, independente da pandemia, estão trabalhando a todo vapor, assegurando resultados positivos também este ano”.

Força do Cooperativismo

Scucato falou sobre a representatividade do setor, contando a história da primeira cooperativa criada no mundo, em Rochdale, na Inglaterra, e abordou que existe uma grande oportunidade de crescimento do setor no país. “Estamos, por meio do Sescoop, uma entidade cooperativista, trabalhando diuturnamente para consolidar o cooperativismo e fazer com que ele se expanda por todo o território brasileiro”, comentou.

Vantagens de ser um cooperado

Sobre os inúmeros benefícios de se associar a uma cooperativa, o presidente destacou alguns pontos principais. “A organização em torno de uma cooperativa é vantajosa para todos. Os que produzem, seja no agropecuário, seja na parte artesanal ou na produção de serviços, em qualquer área. Porque sozinho o produtor não chega ao mercado, não tem acesso ao crédito, sozinho ninguém chega a lugar nenhum. Nós precisamos que haja uma maior consciência da necessidade de se organizar coletivamente”.

Ensino à distância

Falando sobre a capacitação ofertada pela organização por meio do Sescoop/MG, Scucato explicou que já existem cursos online disponibilizados pela entidade: “O EAD no Brasil não tem volta, não só pela questão de segurança, mas também em relação ao custo. Esperamos que o ensino à distância tenha a mesma qualidade que o presencial e trabalhamos com afinco para aperfeiçoarmos esse serviço”, ressaltou.

Crédito em tempos de pandemia

“As cooperativas de crédito não estão tendo problemas para levar crédito até a ponta, o dinheiro chega na ponta, através das cooperativas. Elas estão capitalizadas”, disse. E complementou afirmando que as cooperativas liberaram o dobro de crédito para as pequenas empresas e pessoas físicas em relação aos bancos tradicionais neste período, ressaltando que no cooperativismo “o gerente conhece o demandante, sabe quem está pedindo, enquanto os bancos tradicionais não querem correr o risco”.

Café em alta

“Com a alta do dólar, o café está nadando de braçada, os cafeicultores estão sorridentes. Já os outros produtores estão com dificuldades para comprar os fertilizantes e insumos por causa do preço do dólar. Estamos lutando com a Frente Parlamentar para mitigar e facilitar o máximo possível para os produtores rurais e para o cooperativismo em geral”, explicou.

Soluções do transporte

Além de exaltar a atuação das cooperativas de transporte de carga para a manutenção do abastecimento da população, o presidente contou sobre uma solução do cooperativismo para o transporte de passageiros, muito afetados nos dias atuais. “Estamos tentando, junto com a Federação das Cooperativas de Transporte, fazer com que os taxistas tenham maior atuação no delivery”, exemplificou. Ronaldo contou ainda sobre a ação da Corrida da Cooperação, que este ano será virtual e contará com a parceria das cooperativas de taxi para a entrega do kit aos participantes em Belo Horizonte, bem como no recolhimento das doações de dois quilos de alimentos não perecíveis doados pelos atletas inscritos, que serão destinadas às entidades sociais parceiras do Sistema Ocemg.

Otimismo

“No município onde tem cooperativa, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é muito superior do que o da média das cidades”, relembrou o presidente, ressaltando ainda que as cooperativas não estão demitindo em meio à crise. “Algumas, inclusive, estão admitindo. A Unimed/BH contratou 400 profissionais neste período de pandemia para atuar na linha de frente”, completou.

Por fim, Scucato deixou como mensagem uma fala de Charles Gide, economista francês que traçou as bases do modelo cooperativista. “O cooperativismo é a suprema esperança daqueles que sabem que há uma questão social para resolver e uma revolução para evitar”.

Para ouvir a íntegra da entrevista, clique aqui.

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