Há três anos, o Projeto Crocheteiras vem transformando a realidade de 30 voluntárias, com idade a partir de 60 anos, moradoras de Pedro Leopoldo. Elas, que se dedicam à feitura de produtos em crochê, ganharam um estímulo a mais para seu trabalho, com o apadrinhamento da Cooperenges (Cooperativa de Trabalho de Engenharia, Serviços e Consultoria Ltda), criada em 2017, a fim de oferecer planejamento, elaboração, execução e gestão sustentável de empreendimentos, com foco na engenharia social.
A partir da formação da cooperativa, o Projeto Crocheteiras ganhou apoio para busca de recursos, gestão orçamentária e planejamento de suas ações. As reuniões do grupo passaram a ser realizadas no Quintal Coletivo, primeiro coworking sustentável do vetor norte de Belo Horizonte, espaço onde a Cooperenges desenvolve atividades gratuitas para públicos diversos.
As artesãs voluntárias se revezam, todas as quintas-feiras, para repassar seus conhecimentos às novas gerações, de modo descontraído, para que não se perca a história do artesanato pedro-leopoldense. Todos os produtos são colocados à venda na lojinha existente no Quintal Coletivo, sem taxas administrativas, como forma de incentivo e apoio ao projeto.
De acordo com Emilene Santos, diretora de Captação de Recursos e Inovação Tecnológica, com o apoio da Cooperenges, as artesãs começaram a trabalhar de forma organizada. “Isso valorizou as participantes do projeto, que agora se sentem mais próximas e agem como um grupo. Paralelamente, os produtos adquiriram melhor qualidade e valor agregado. Além disso, o cooperativismo estimulou o empoderamento dessas mulheres, dando a elas melhor qualidade de vida”.
Para 2019, o objetivo é dar maior visibilidade ao projeto. “Nossa perspectiva é ajudar as artesãs a comercializar os produtos de forma mais eficiente. Queremos colocar seus produtos para serem vendidos em grandes feiras e no Aeroporto de Confins, por exemplo”, destaca.
