Após missão, sul-coreanos anunciaram esta semana a habilitação de mais 9 plantas do Brasil para exportação.
São Paulo – A Agência de Quarentena Animal e Vegetal da Coreia do Sul (APQA) anunciou a habilitação de mais nove estabelecimentos brasileiros para exportar carnes para seu mercado. Esses novos estabelecimentos habilitados já haviam cumprido com a etapa anterior, de autorização junto ao Ministério da Segurança dos Alimentos e Medicamentos (MFDS) daquele país. Dessa maneira, estão prontos para iniciar as exportações de carnes para o país.
As habilitações foram resultado de missão de auditoria realizada por autoridades sul-coreanas em outubro do ano passado. Esses estabelecimentos autorizados se somam a quatro que já possuíam permissão para exportar ao país asiático. Das nove plantas habilitadas agora, cinco são de carne suína e quatro de aves.
A Coreia do Sul importa cerca de US$ 1,5 bilhão por ano em carne suína. Levando em consideração a fatia de 9% do mercado mundial do produto ocupada pelo Brasil, é estimado o potencial do mercado sul-coreano em US$ 189 milhões com as novas plantas. No que se refere à carne de frango, o Brasil já ocupa uma posição privilegiada, respondendo por 85% das importações da Coreia do Sul. O valor das vendas brasileiras de carne de frango in natura para o país asiático chegou a US$ 169 milhões em 2018.
Os serviços sanitários da Coreia do Sul são conhecidos por estarem entre os mais rigorosos do mundo. A habilitação de novas plantas reitera a demonstração de confiança das autoridades do país asiático na certificação brasileira e reforça o posicionamento do Brasil no exigente e lucrativo mercado sul-coreano.
China – Enquanto isso, de olho em outro mercado, a Marfrig espera habilitar novas fábricas no Brasil, no próximo mês, para exportar para a China, afirmaram ontem executivos da segunda maior processadora de carne bovina do mundo.
A empresa, porém, não estimou quantas fábricas da Marfrig poderão entrar na lista de habilitações. Em teleconferência com analistas, executivos da empresa citaram que o Brasil tem 16 fábricas aptas a exportar para a China, sendo três da Marfrig.
A empresa divulgou, na quarta-feira (27), lucro líquido de R$ 2,2 bilhões no quarto trimestre, impulsionado por ganho de capital gerado pela venda da subsidiária Keystone, após ter tido prejuízo de R$ 22 milhões um ano antes.
O presidente-executivo da Marfrig, Eduardo Miron, afirmou que a empresa vai seguir atenta a eventuais oportunidades de aquisição de ativos, mas que, no momento, “a empresa não tem absolutamente nada no radar que impacte a alavancagem”.
Segundo o diretor financeiro, Marco Spada, a Marfrig não planeja elevar alavancagem, que fechou 2018 em 2,39 vezes, abaixo da meta de 2,5 vezes dívida líquida/Ebitda ajustado. (Com informações do Mapa/Reuters)
Fonte: Diário do Comércio