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Cresce número de mulheres em conselhos administrativos

26/11/2019
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A falta de diversidade é um dos maiores desafios nos conselhos de administração onde, consideravelmente, predomina a presença masculina. As mulheres, ainda em um lento progresso, ocupam apenas 16,9% dos assentos nos conselhos das organizações ao redor do globo, é o que mostra a edição deste ano da pesquisa Women in The Boardroom – Uma Perspectiva Global, realizada pela Deloitte.

Torna-se, então, cada vez mais claro o desafio da inclusão de mulheres e as barreiras à diversidade de gênero nas salas de reunião das companhias. Culturas desatualizadas no local de trabalho, preconceitos inconscientes e falta de apoio são alguns fatores que impedem a presença feminina nos cargos de liderança. A pesquisa destaca que as mulheres ocupam apenas 4,4% das posições de CEO e 12,7% das de CFO, que são quase três vezes mais diversas do que as de CEO.

O relatório levanta, ainda, como os países estão fazendo para aumentar essa diversidade e compartilha as estatísticas mais recentes sobre a presença de mulheres nas salas de reuniões, explorando os esforços de cada região e destacando as tendências políticas, sociais e legislativas por trás dos números.

“É comprovado que o aumento da participação feminina no mercado de trabalho pode influenciar, de forma positiva, significativamente o PIB global nos próximos anos. Apesar do longo caminho a seguir, já podemos ver um bom movimento nas empresas brasileiras como horários flexíveis, orientação e treinamento. Em conclusão à pesquisa, destacamos uma conexão entre o aumento do número de mulheres servindo nos conselhos e o desejo de um tipo mais inclusivo de capitalismo”, destaca a sócia e ex-líder do Comitê de Crescimento da Deloitte, Patricia Muricy.

Desafio – No Brasil, os assentos são ocupados por 8,6% das mulheres, um aumento de 0,9% em relação à edição da pesquisa de 2017. Diante desse baixo crescimento, alguns projetos são discutidos pelo governo e pela ONU para aumentar esse percentual.

Um projeto de lei que introduz cota de gênero de 30% de mulheres em conselhos, até 2022, está sendo elaborado e discutido pelo governo, assim como o Programa Ganha-Ganha – exercido pela ONU Mulheres, União Europeia e Organização Internacional do Trabalho -, que tem como objetivo promover o empoderamento feminino econômico e de liderança, por meio de premiação das empresas que promovem cultura de equidade de gênero e empoderamento das mulheres no País. Outro destaque é o 30% Club, lançado este ano no Brasil, que tem como um dos propósitos alcançar 30% de mulheres nos cargos de diretoria da Bolsa de Valores brasileira B3 IBrX, até 2025. Além disso, algumas empresas já investem em programas internos para mulheres executivas, como é o caso da própria Deloitte.

“Acreditamos que todas as empresas devem permanecer comprometidas com a diversidade e incentivar a sociedade a criar atitudes positivas em relação ao desenvolvimento de carreiras femininas”, afirma a sócia e líder do Comitê Growth de Equidade de Gênero da Deloitte no Brasil, Angela Castro.

Fonte: Diário do Comércio

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