Hoje 24 de maio, comemora-se o Dia Nacional do Café. Segunda bebida mais consumida no mundo, o grão ocupa lugar de destaque na economia nacional e na rotina dos brasileiros. Além de maior exportador, o país é o segundo em consumo. Minas Gerais lidera a produção nacional, com números superiores a 50%, e responde por cerca de 20% do total mundial.
A cafeicultura é uma das principais linhas de atuação da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), instituição vinculada à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). Os trabalhos abrangem todo o ciclo produtivo da planta, desde a preparação da lavoura, considerando escolha e indicação de cultivares mais adequadas às condições de clima e solo até os cuidados pós-colheita. Incluem, também, o desenvolvimento de variedades mais produtivas, resistentes a pragas e doenças, o controle químico e biológico de pragas e doenças e a agregação de valor ao produto final.
Os estudos sobre melhoramento genético do cafeeiro na Epamig começaram, na década de 1970, após a ferrugem ser constatada na cafeicultura brasileira. Desde então, buscam o aumento da produtividade, a tecnificação das lavouras e a melhoria da qualidade da bebida e dos ganhos dos cafeicultores. O programa de Melhoramento Genético do Cafeeiro conduzido em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Café) e as universidades federais de Lavras (UFLA) e Viçosa (UFV) registrou cultivares de café adaptadas às condições de clima e solo de diferentes regiões do estado.
Dentre outras características, muitos desses materiais têm se destacado pela qualidade da bebida. Projetos nas regiões do Cerrado Mineiro e Sul de Minas têm avaliado o desempenho de variedades de café desenvolvidas pelo Programa de Melhoramento Genético da Epamig, em Unidades Demonstrativas implantadas em propriedades com diferentes condições de clima e solo. O objetivo é elaborar recomendações regionalizadas para a escolha das cultivares.
Difusão de Tecnologias
Os trabalhos da Epamig na cafeicultura são disponibilizados ao público por meio de mudas e sementes qualificadas, publicações e eventos técnicos. O principal deles a Expocafé ocorreu na última semana, entre 18 e 21 de maio, em formato totalmente online. No site do evento, até o dia 18 de agosto, o público pode visitar os estandes virtuais para conhecer e adquirir maquinários e insumos para a cafeicultura. No espaço Café Play estão disponíveis dicas técnicas e dinâmicas de campo que, dentre outros temas, abordam cultivares de café, melhoramento genético, manejo e controle de pragas e doenças, e preparo da bebida. O acesso é gratuito.
A Expocafé 2021 teve um espaço dedicado à inovação. Nas manhãs de 20 e 21 de maio, o Hub Conecta Café uniu nove empresas demandantes: Cocatrel, Adubos Real, KTrês Industrial, Café das Amoras, Java Chocolates, Torrefação Baobá, Carmomaq, Palini & Alves e Bob Coffee – Cafés especiais, as sete instituições de Ciência e Tecnologia Epamig, Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Sede, Faemg, Ufla, UFSJ, UFMG e Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) e 16 startups na busca por soluções para a cadeia de negócios do Café.
As reuniões individuais, que discutiram temas como: Inteligência Artificial, utilização de drones, logística, exportação, embalagens, insumos, automação, robótica, resíduos (borra), sustentabilidade, pragas, marketing, sistemas de vendas, sensores, software, atendimento e clientes, resultaram em 37 conexões. “As rodadas representam o primeiro passo de interação, esperamos que estas conexões tenham continuidade para gerar uma maior aproximação e a discussão de possíveis soluções para as demandas apresentadas”, conta coordenadora de Inovação da Expocafé, Cristiane Viana.
A Expocafé foi realizada pela Epamig, Secretaria de Agricultura e o Governo de Minas Gerais, com apoio institucional da Prefeitura de Três Pontas, Cocatrel, Ufla, Emater-MG e do Consórcio de Pesquisa Café.
Ascom/Epamig
Foto: Divulgação/Epamig