Convite partiu do Tribunal Regional Eleitoral do Estado e é mais um reconhecimento da representatividade e da importância política e econômica das cooperativas em Minas
No próximo domingo (06/10), durante as eleições municipais, o cooperativismo mineiro dará sua contribuição ao processo democrático. O Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo de Minas Gerais (Sescoop-MG) participará, pela primeira vez, da auditoria das urnas eletrônicas do Estado, a pedido do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG). “O convite do TRE-MG é mais um reconhecimento da credibilidade do coop mineiro”, afirmou o presidente do Sistema Ocemg, Ronaldo Scucato. “Ele mostra que o Sescoop-MG e o Sistema Ocemg são vistos como instituições capazes de contribuir de forma efetiva para a transparência e legitimidade das eleições”.
Ao lado de outras entidades da sociedade civil, o Sescoop-MG acompanhará de perto a apuração das urnas mineiras, contribuindo para garantir a transparência e a eficiência do processo eleitoral. “A contribuição de entidades como o Sescoop-MG é fundamental porque elas representam a população nesse processo”, destacou a presidente da Comissão de Auditoria da Votação Eletrônica (CAVE) do TRE-MG, juíza Cristiana Gualberto Ribeiro. É por meio delas que conseguimos levar à sociedade a avaliação completa da auditoria, assegurando a transparência das eleições”.
Aprendizagem
De acordo com a juíza Cristiana Gualberto Ribeiro, o envolvimento do Sescoop-MG e de outras entidades da sociedade civil fortalece o laço entre a população mineira e o processo eleitoral, consolidando a credibilidade do sistema. “A aceitação desse convite pelo Sescoop-MG demonstra que a sociedade está atenta e confia na segurança das urnas eletrônicas. Essa participação é fundamental para garantir que todos os passos da auditoria sejam seguidos com rigor, desde a preparação até o dia das eleições”, explicou a juíza.
Para o assessor institucional do Sistema Ocemg, designado pelo presidente Ronaldo Scucato para representar o Sescoop MG, a presença do coop na auditoria do pleito eleitoral é mais uma prova da representatividade política das cooperativas mineiras. “Será a primeira vez que participaremos de algo dessa magnitude no contexto eleitoral, o que nos dá uma responsabilidade muito grande”, explicou Magela. “Estamos comprometidos em zelar pela integridade do processo, com a mesma seriedade com que realizamos todos os processos dentro do cooperativismo”.
Ainda segundo Magela, o aprendizado proporcionado pela experiência ampliará a compreensão do Sistema Ocemg sobre os bastidores do processo eleitoral. Isso, segundo ele, agrega valor ao trabalho que o Sescoop-MG já realiza no fortalecimento da cidadania. “Essa oportunidade nos permite conhecer de perto como funciona todo o processo eleitoral, algo que vai muito além do simples ato de votar. É um exercício de cidadania, e estamos prontos para contribuir com nosso olhar atento e participativo”, conclui.
Sobre o convite
No dia 18 de setembro, o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo de Minas Gerais (Sescoop-MG) foi convidado a participar da reunião da Comissão de Auditoria da Votação Eletrônica (CAVE) do TRE-MG. O encontro, realizado na sede do Tribunal, reuniu diversas entidades da sociedade civil para acompanhar os procedimentos de auditoria das urnas eletrônicas nas Eleições 2024.
Mais de 50 entidades foram convidadas, e 13 compareceram à audiência pública, incluindo o Ministério Público, a Polícia Federal, a Controladoria Geral de Minas Gerais, sindicatos, federações empresariais e partidos políticos. Durante a reunião, a CAVE explicou detalhes dos testes de integridade e autenticidade das urnas, que serão conduzidos no dia do pleito, além das etapas logísticas e da documentação necessária para a auditoria, que será realizada por auditores externos contratados por licitação.
Educação Política
As eleições municipais são um excelente momento para garantir um ambiente regulatório favorável ao desenvolvimento das cooperativas e para influenciar os tomadores de decisão, bem como a formulação de políticas públicas que fortaleçam as cooperativas. Um estudo recente da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) comprovou que municípios onde o cooperativismo atua com maior protagonismo têm um aumento médio de R$5,1 mil no Produto Interno Bruto (PIB) por habitante, além de maior número de empregos formais, de estabelecimentos comerciais e de exportações.
“O momento das eleições municipais é importante para garantir que os gestores públicos, prefeitos e vereadores reconheçam e incorporem o potencial das cooperativas como motor de desenvolvimento econômico e instrumento de políticas públicas de inclusão produtiva e financeira, economia de escala e modelo de negócios viável para transformar a realidade das pessoas, garantindo trabalho e renda por meio da economia colaborativa e do empreendedorismo coletivo”, aponta o coordenador de Relações Governamentais do Sistema OCB, Eduardo Queiroz.
Com o objetivo de estimular a participação legítima e transparente das cooperativas nas eleições municipais de 2024, o Sistema OCB lançou a cartilha “Cooperativismo e as Eleições Municipais 2024“. Esse material explica o funcionamento das eleições, desmistifica alguns mitos e orienta sobre como as cooperativas podem apoiar candidatos que reconheçam o papel fundamental do cooperativismo na construção de uma sociedade mais justa e equitativa. A cartilha também ressalta as condutas proibidas para as cooperativas, como a doação financeira a campanhas e a realização de propaganda eleitoral.
O Sistema OCB lançou, ainda, o documento “Propostas para Cidades Mais Cooperativas“. O arquivo foi criado para oferecer aos candidatos às prefeituras e câmaras municipais, nas eleições de 2024, uma base sólida para a elaboração de políticas públicas voltadas para o cooperativismo. Dividido em quatro eixos temáticos, ele detalha as contribuições das cooperativas para o desenvolvimento local e aponta ações que necessitam do apoio do governo municipal para sua continuidade ou ampliação.
“Fomos convidados pelo Sistema OCB para realizar uma análise crítica do documento, e o reconhecimento ao nosso trabalho, à nossa experiência com políticas públicas, foi fundamental para compor esse material. Acreditamos que ele reflete com precisão as necessidades do cooperativismo”, explica Geraldo Magela.
O material foi amplamente distribuído para os principais atores políticos e cooperativos de Minas Gerais, como parte de uma estratégia de divulgação coordenada pelo Sistema Ocemg. A entidade trabalhou ativamente para garantir que o documento chegasse tanto a cooperativas quanto a autoridades.
“Enviamos o material para todas as prefeituras, cooperativas e parlamentares mineiros. Além disso, nos esforçamos para que ele também fosse distribuído aos diretórios estaduais dos partidos políticos, com o objetivo de ampliar o alcance das propostas e garantir que elas sejam implementadas”, conclui.