A escassez de chuvas, que não caem sobre Paracatu, em Minas Gerais, há 35 dias, está derrubando a média de produtividade do milho safrinha. As informações são do produtor rural local, João Luiz Pinton. Ele explica que, inicialmente, a perspectiva era de colher, em média, 120 sacas por hectare, mas que a realidade hoje é de uma média de 80 sacas por hectare.
Isso se deu porque cerca de metade do milho foi plantado mais tarde, e necessita de umidade para a fase de enchimento de grãos, e como não chove, há este atraso no desenvolvimento. A falta de chuvas, segundo ele, pesa mais na queda de produtividade do que os ataques da cigarrinha do milho. “Tivemos que fazer sete aplicações aqui na minha propriedade, mas conseguimos contornar o problema, sem ter nenhum enfezamento”, disse.
Desta forma, a menor produtividade e o preço de venda atual para a região, o produtor de milho em Paracatu já sai ‘devendo’ no que diz respeito à relação de troca com os custos de produção. Pinton detalha que com um custo de R$ 5.500,00 por hectare para implantar a safrinha, seriam necessárias 122 sacas de milho para ‘empatar’ com os custos.
“Com essas perdas, que já se acumulam de safras anteriores, no ano que vem a minha safrinha vai ser zero. Vou apostar em uma soja de ciclo médio e tardio, e depois em uma cobertura verde para manutenção do solo. Não dá para plantar e perder de novo”, afirmou.
Fonte: Notícias Agrícolas