A inflação do leite voltou a acelerar no último mês. Em março, o ICPLeite/Embrapa atingiu 2,7%. O acumulado em doze meses, que se encontrava em queda nos últimos meses, voltou a se elevar.
Nova aceleração dos preços
A inflação do leite voltou a acelerar em março de 2022 e atingiu 2,7%, colocando a inflação mensal no maior patamar desde outubro de 2021. O principal destaque foi o custo do grupo Volumosos, que aumentou 8,2%. O aumento do preço do adubo, até 30% em apenas um mês, dependendo de sua formulação, é a maior contribuição ao aumento observado neste grupo. A oferta de fertilizantes, que já estava escassa em função da demanda acelerada pós-pandemia, sofreu maior restrição já que a Rússia, um importante exportador mundial, se envolveu em guerra e sanções econômicas a partir do final de fevereiro de 2022. Energia e combustível, Minerais e Concentrado também apresentaram aumentos expressivos, acima de 1% em março (Gráfico 1).
Os três primeiros meses do ano apresentam alta de preços de 6,2%. O grupo Mão de obra apresentou a maior elevação, 10,6%, devido ao reajuste do salário mínimo ocorrido em janeiro. Em seguida, com variações expressivas, os grupos referentes à alimentação do rebanho Minerais, Concentrado e Volumosos, acumularam as respectivas variações acumuladas: 6,4%, 6,2% e 5,7% (Gráfico 2).
O ICPLeite/Embrapa voltou a acelerar no acumulado dos últimos doze meses encerrados em março, atingindo 23,2%. As maiores variações foram verificadas nos grupos Volumosos (56,9%) e Minerais (55,9%). Mão de obra, Sanidade e reprodução e Qualidade do leite apresentaram índices bem mais comportados, abaixo dos 8% em 12 meses (Gráfico 3).