No dia 16 de abril, o Sicoob Credicom realizou o Encontro de Negócios 2019, abordando temas relativos aos desafios do envelhecimento da população. O evento ocorreu no Espaço Unimed-BH e contou com as palestras “Desafios da Aposentadoria”, do consultor financeiro Rogério Araújo e “Revolução da Longevidade”, com o gerontólogo e especialistaem questões do envelhecimento, Alexandre Kalache.
Segundo dados do IBGE, apenas 1% dos aposentados conseguem manter seu padrão de vida com o que recebem da aposentadoria. Dos demais, 46% dependem de parentes, 28% dependem de caridade e 25% têm que continuar trabalhando. Tendo isso em mente, o presidente da Credicom, Garibalde Mortoza, alertou para a realidade brasileira e reforçou a importância do cooperativismo, lembrando que a cota capital já é uma reserva para o futuro.
Os palestrantes discorreram sobre as perspectivas do envelhecimento no Brasil, os avanços da medicina e da tecnologia que serão essenciais para auxiliar na qualidade do envelhecimento e ensinaram estratégias para a plateia preparar a mente e as finanças para um novo estilo de vida, em que se reinventar será a chave para ter uma vida feliz e independente depois dos 60 anos.
Kalache, especialista em longevidade, afirmou que o Brasil passa por uma revolução quando se fala de envelhecimento. “Em 2050, 31% da população vai ter mais de 60 anos. Vamos fazer, em uma geração, o que os países mais velhos do mundo fizeram ao longo de séculos. Por isso, teremos de repensar nosso curso de vida: em vez de dividi-la em fases que se sucedem – estudar, trabalhar e se aposentar, vamos viver todas essas experiências ao mesmo tempo”, disse.
O consultor financeiro Rogério Araújo acredita que é preciso conscientizar as pessoas sobre como mitigar o risco de se viver mais, fazendo do tempo o melhor amigo. Para garantir uma velhice mais tranquila, não basta seguir a regra básica de investir um montante maior no início de carreira, período em que a capacidade de poupança tende a ser mais elevada. Sem revisar os cálculos periodicamente, lá na frente a conta pode não fechar. “Deve-se estimar o custo de vida no futuro. Hoje, as pessoas costumam calcular quanto de economia mensal cabe no orçamento, não quanto vão precisar na hora da aposentadoria”, destacou.