Dando sequência às capacitações de colaboradores cooperativistas do Estado, o Sistema Ocemg realizou, nos dias 31 de agosto e 1º de setembro, respectivamente, o XV Encontro dos Profissionais de Tecnologia da Informação (TI) das Cooperativas Mineiras e o XII Encontro dos Profissionais de Comunicação das Cooperativas Mineiras.
As iniciativas, realizadas anualmente pela entidade, foram adaptadas para o meio digital em 2021 e passaram a contar com professores especialistas da Fundação Dom Cabral (FDC) para a condução das discussões. O objetivo dos encontros é propiciar o debate, a experimentação e a adoção de modelos que aliam fundamentos teóricos, práticas organizacionais de excelência e estratégias contemporâneas.
Para o presidente do Sistema Ocemg, Ronaldo Scucato, a inovação e tecnologia, que permeiam ambas as áreas de TI e comunicação, devem ser almejadas e perseguidas pelas cooperativas, sob o risco de não se manterem competitivas no mercado, mas o dirigente alertou para que não esqueçam o lado humano e valorização das pessoas, premissas do cooperativismo.
TI em pauta
Com o tema Digitalização dos Negócios Cooperativos e Analytics na Transformação Digital, a organização buscou, por meio do evento, apresentar os principais desafios para a digitalização dos negócios das cooperativas.
O professor convidado foi Hugo Tadeu, que elencou diferentes passos para alcançar o modelo digital com eficiência, frisando que “a transformação digital deve responder a uma demanda estratégica do negócio. Não é a tecnologia por si só, mas a serviço do negócio e do público”.
Na oportunidade, o gerente de TI do Sistema Ocemg, Moacir Júnior, complementou dizendo que a digitalização “não é simplesmente passar a usar aplicativos, ferramentas, salvar tudo na nuvem, entre outras ações. Tudo isso deve estar alinhado entre os diferentes setores da organização, principalmente junto a diretoria”.
O tratamento de dados das cooperativas também foi tema do encontro. Para o gerente de TI do Sicoob Vale do Aço, é imprescindível que as organizações passem a valorizar a importância do tratamento de dados para o negócio cooperativo, bem como enxergar que tecnologia é geração de valor e não gasto.
Foco na comunicação
Em sua 12ª edição, o Encontro de Comunicação trouxe um tema muito atual: A importância e os desafios da comunicação em momentos de crise: o que mudou e o que se aprendeu com a pandemia de Covid-19.
E, para buscar entender as tendências de comportamento pós-pandemia e compreender o impacto nos processos de comunicação das cooperativas, o professor Bruno Portela apresentou cenários, casos de sucesso e dados relevantes.
De acordo com levantamento da Social Miner, especializada em dados de comportamento, apresentado pelo professor como exemplo, o consumidor busca, cada vez mais ser diferenciado da massa: 18% esperam atendimento personalizado e 14% desejam menos propaganda e mais indicações pessoais. Isso para embasar que a humanização da comunicação é parte do que se espera para os próximos anos nos canais corporativos.
“As pessoas e empresas aprenderam mais sobre a importância do elemento humano na hora de comunicar. A digitalização deve ser ancorada em plataformas, mas ela precisa das pessoas para seguir”, disse.
Ainda sobre o que se espera para os próximos anos, Portela destacou as tendências para a comunicação serão, por exemplo, o que se chama de Walk the talk (seguir na prática o que é falado ou escrito); a busca por relevância; a empatia no discurso e nas ações da organização exemplificados nos canais de comunicação, entre outras.