De acordo com relatório divulgado pelo Departamento de Inteligência de Mercado da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, as exportações do Brasil aos países árabes somaram US$ 7,1 bilhões nos sete primeiros meses deste ano. As vendas brasileiras apresentaram crescimento de 16,9% em relação ao mesmo período quando comparado a 2019. Os produtos mais exportados foram carne de frango, açúcar, minério de ferro, carne bovina e milho, respondendo por mais de 70% dos embarques do Brasil para o Oriente Médio e Norte da África.
Mas, para exportar para a maioria dos países árabes, é necessário que tenha a certificação halal, respeitando à jurisprudência islâmica. “As exigências de exportação estão cada vez mais altas, principalmente, para os países árabes e islâmicos em diversas categorias. Toda cadeia deve ser certificada desde a matéria-prima, insumos, transporte e armazenamento, inclusive as empresas que prestam serviços para as fabricantes. É importante que as empresas entendam que é um conceito geral e não basta o produto ter um selo de certificação na embalagem para ingressar neste mercado. Eles querem entender todo o processo para ter certeza da validação da certificação halal de acordo com as leis islâmicas”, comenta o gerente comercial da Cdial Halal, Omar Chahine.
O mercado halal é muito promissor e pretende faturar, no mundo, em torno de US$ 3,2 trilhões até 2024, de acordo com os dados da Africa Economic Foundation e Dinar Standard. Entre os setores, destacam-se: Cosmética deve faturar em torno de US$ 95 bilhões; Fármaco US$ 134 bilhões, entre outros.