A tradicional linguiça de Formiga vai passar a ter um reforço competitivo. O Sebrae Minas está lançando um projeto de fortalecimento do setor na região nacionalmente conhecida pela iguaria. A iniciativa tem o objetivo de garantir a origem produtora e a qualidade do produto por meio de ações que vão contribuir para agregar valor a ele, atrair consumidores e promover os negócios do setor.
Serão selecionados, no mínimo, 12 produtores da região para participarem do projeto, que tem duração prevista de um ano. Os interessados deverão procurar o Sebrae em Formiga.
O projeto de desenvolvimento do setor de produção de embutidos (linguiça) em Formiga é inspirado em iniciativas de marcas regionais ou marcas-território executadas pelo Sebrae Minas em várias regiões do Estado.
Hoje, Minas Gerais é um dos maiores detentores de Indicações Geográficas (IGs) aprovadas no País. O Estado detém oito IGs (concedidas pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial – INPI), ficando atrás apenas do Rio Grande do Sul, com 11. As IGs são ferramentas coletivas de valorização de produtos tradicionais vinculados a determinados territórios. Possuem duas funções principais: agregar valor ao produto e proteger a região produtora.
Para a realização dos trabalhos de obtenção da marca regional, é necessário mobilizar os empreendedores do território, trabalhando aspectos como a cultura da cooperação e o fortalecimento da entidade representativa do setor. “O projeto só traz resultados quando os empresários trabalham de forma organizada, um pré-requisito, inclusive, para obter a certificação de IG”, explica a analista do Sebrae na microrregião de Formiga, Ana Paula da Silva.
Mercado informal – Estima-se que a região de Formiga tenha cerca de 30 produtores de linguiça artesanal, a maioria atuando no mercado informal. “Há desde produtores rurais a comerciantes que fabricam e comercializam o produto”, informa a analista do Sebrae.
Dentre as oito IGs mineiras, há sete como Indicação de Procedência (IP): Peças artesanais em estanho (São João Del-Rei); Cachaça (Salinas); Queijo (Serro e Canastra); Café (Serra da Mantiqueira); Biscoito (São Tiago); e Própolis Verde (região da Própolis Verde de Minas Gerais, composta por vários municípios). A restante está como Denominação de Origem (DO): Café (Cerrado Mineiro).
O Sebrae auxiliou na implantação de algumas dessas Indicações Geográficas e hoje segue com o trabalho “pós-IGs”em cinco delas: nas duas de queijo, nas duas de café e na de cachaça. (Com informações do Sebrae Minas).
Fonte: Diário do Comércio