Como estratégia para reduzir a dependência brasileira das importações de fertilizantes, o Governo Federal lançou, no dia 11 de março, o Plano Nacional de Fertilizantes (PNF), que busca ser referência para o planejamento do setor nos próximos 28 anos e terá como foco o desenvolvimento do agronegócio nacional e dos principais elos da cadeia.
O Plano Nacional de Fertilizantes (PNF) foi instituído por meio de decreto, que prevê ainda a formação de um Conselho Nacional de Fertilizantes e Nutrição de Plantas, órgão consultivo e deliberativo, para coordenar e acompanhar o Plano.
Com o PNF, o país buscará readequar o equilíbrio entre a produção nacional e a importação ao atender sua crescente demanda por produtos e tecnologia de fertilizantes. Pretende-se diminuir a dependência de importações, até 2050, de 85% para 45%, mesmo com a possibilidade de aumento da demanda por fertilizantes.
Em cerimônia no Palácio do Planalto, o presidente da República, Jair Bolsonaro, destacou que o Plano Nacional de Fertilizantes visa diminuir a dependência do produtor rural brasileiro em relação aos fertilizantes importados e aumentar a produção nacional. Complementando a importância do PNF, a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, reforçou: “Nossa demanda por nutrientes para as plantas é proporcional à grandeza de nossa agricultura. Mas teremos nossa dependência externa bastante reduzida”.
Consumo Nacional
O Brasil é o 4ª maior consumidor de fertilizantes do mundo, com cerca de 8% do consumo global. O potássio é o principal nutriente utilizado pelos produtores nacionais (38%). Na sequência, aparecem o fósforo com 33% do consumo total de fertilizantes, e o nitrogênio, com 29%. Juntos, formam a sigla NPK, muito utilizada no meio rural. Dentre as culturas que mais demandam o uso de fertilizantes estão a soja, o milho e a cana-de-açúcar, somando mais de 73% do consumo nacional.
Segundo dados da Associação Nacional para Difusão de Adubos, mais de 85% dos fertilizantes utilizados no país são importados, evidenciando um elevado nível de dependência de importações em um mercado dominado por poucos fornecedores de fertilizantes.
Fonte: Mapa
Foto: Guilherme Martimon/Mapa