As ações de promoção de imagem do café brasileiro no exterior não param. Dessa vez, a parceria entre o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Museu do Café e Embaixada do Brasil promove um trabalho de apresentação da cafeicultura brasileira na TriesteSpresso Expo, realizada em Triste, cidade localizada no nordeste da Itália.
Mais uma vez, a exposição tem como destaque valorizar o trabalho do cafeicultor brasileiro e apresentar ao mercado internacional eficiência adotada de ponta a ponta pelo setor cafeeiro no Brasil, com temas sempre voltados aos critérios ESG que vem sendo muito discutido no mercado internacional de café.
Enquanto maior produtor e exportador de café do mundo, o Brasil sentiu a necessidade de apresentar a cafeicultura brasileira com mais detalhes também em importante parceiros comerciais, como é o caso da Itália que é um tradicional comprador do Brasil e importou 2,393 milhões de sacas de café do Brasil no período entre janeiro e setembro. Os dados do Cecafé mostram ainda que houve um avanço de 17,3% nas compras dos italianos em comparação com o mesmo período em 2021.
Com uma cafeicultura rica em detalhes e com ações que precisam ser mostradas ao mercado internacional, Marcos Matos – diretor executivo do Cecafé, apresentará na Itália os dados oficiais sobre a produção brasileira, qualidade do café, investimento em pesquisas e tecnologia, sustentabilidade ambiental e econômica em toda cadeia produtiva.
“É um país que a gente recuperou, estava em queda até 2020, não estava em crescimento. E a mesma coisa que fizemos com a Espanha, que voltou a mostrar crescimento. Esse é caminho, temos que fazer todos serem positivos, serem crescentes porque são todos mercados de qualidade, de sustentabilidade. Lembrando que o Brasil é o que mais tem repasse do preço FOB de exportação para o produtor, então você acessar esse mercado significa mais renda para o produtor”, disse o diretor ao Notícias Agrícolas.
Ressalta ainda a importância do trabalho de promoção de imagem para que o Brasil esteja presente em todos os mercados. “É estar presente em todos os mercados, é conquistar os consumidores. A Itália não estava mais em fase de crescimento, temos que fazer esse mercado crescer, contar as nossas histórias, do nosso agronegócio que é humanizado, contas as histórias. Contar a importância que eles nos dão, eles são parte de todo esse sucesso da cafeicultura brasileira. Gerar um comércio crescente, mas sobretudo com reconhecimento da nossa sustentabilidade e isso a gente tem que fazer em todos os mercados, os mais diversos e os mais exigentes”, conclui.
Exposição: Brasil assina termo de parceria para ações de divulgação com museu na Itália
Por meio de pesquisas, exposições, mostras temporárias, atividades culturais e educativas, o Museu do Café preserva e divulga a história e as tradições da cafeicultura brasileira, que são muito vinculadas à Itália graças ao intenso processo de imigração ocorrido nos séculos XIX e XX.
O evento em Trieste também conta a participação de Alessandra Almeida, diretora executiva do Museu do Café. Na tarde da última quarta-feira (26) Alessandra assinou, inclusive, um termo de parceria com Associazione Museo del Caffè de Trieste que prevê ações de divulgação e colaboração mútua entre as duas instituições.
A curadoria focará “Cultura e Imigração Italiana”, apresentando a importância ítala para a evolução da cafeicultura nacional, e “Qualidade, Sustentabilidade e Desenvolvimento Humano no Agronegócio Café Brasileiro”. A exposição é resultado da bem-sucedida mostra realizada, em 2021, na Embaixada do Brasil em Roma, como atividade promocional em outubro, mês do Dia Internacional do Café.
Veja fotos da exposição:
Por:
Virgínia Alves
Fonte:
Notícias Agrícolas