Formação está disponível para as cooperativas que pretendem fazer a diferença em suas comunidades, por meio a criação de projetos de impacto social e ambiental
O interesse pela comunidade é o 7º princípio do Cooperativismo. E para ajudar o coop mineiro a colocar em prática essa premissa, o Sistema Ocemg criou o Programa de Formação de Agente de Transformação e Prosperidade Social (ATPS) — iniciativa que capacita profissionais de cooperativas a idealizarem, implementarem e mensurarem programas de impacto econômico, social ou ambiental na região onde atuam. As inscrições estão abertas no site do Sistema Ocemg e as vagas são limitadas! O prazo termina no dia 7 de fevereiro.
Criado pelo Sistema Ocemg em 2020, o Programa ATPS é realizado em parceria com a Fundação Dom Cabral (FDC) — listada como uma das 10 melhores escolas de negócios do mundo no ranking do Financial Times. Composto por quatro módulos, o programa terá início em fevereiro — com uma aula inaugural sobre a importância de as cooperativas desenvolverem programas de impacto social em Minas Gerais — e terminará em dezembro, com a apresentação final dos projetos desenvolvidos pelos alunos, com a mentoria dos professores da FDC.
“Criamos o ATPS por entender a importância de apoiar as cooperativas do Estado na missão de atuar como um catalisador de desenvolvimento sustentável de suas comunidades”, explica Andréa Sayar, gerente de Educação e Desenvolvimento Sustentável da Casa do Cooperativismo Mineiro. “Não adianta a cooperativa ser uma ilha de prosperidade, se ela estiver mergulhada em um oceano de misérias e atrasos. Daí a importância da atuação dos agentes de transformação e prosperidade social”.
Andréa também destaca que os agentes formados pelo programa acabam se transformando também em fomentadores da intercooperação. “Isso acontece porque os projetos apresentados ao final do curso são construídos em grupo, sendo a maioria, por duas ou mais cooperativas da mesma região. Essa troca de experiências é fundamental para que nossos talentos percebam que, juntos, conseguimos fazer mais pela comunidade”.
Pré-inscrição
A pré-inscrição para o Programa ATPS 2025 iniciou no dia 13 e vai até o dia 7 de fevereiro. Para participar, é necessário preencher o formulário disponível no site do programa indicando o Grupo de Trabalho ATPS da cooperativa que deverá ser formado pelos seguintes participantes:
Sponsor ATPS: presidente da cooperativa que ficará responsável por garantir que o projeto ATPS – construído ao longo do programa – seja colocado em prática. Ele também deve apoiar os agentes ATPS na mobilização de parceiros e recursos.
Agentes ATPS: podem ser incluídos até dois colaboradores da cooperativa, cuja missão é desenhar e executar o projeto em um trabalho de intercooperação com grupos de outras coops participantes. Os agentes deverão recorrer ao Sponsor e ao Comitê ATPS para obter sugestões de melhoria do projeto e validações durante o desenvolvimento.
Comitê ATPS: deverá ser formado a partir de três diretores ou colaboradores de diferentes áreas da cooperativa que terão como função, ajudar na evolução do projeto a partir da sua especialidade.
Além da criação do grupo, as cooperativas devem indicar as linhas de pesquisas de interesse de atuação. Nessa etapa é imprescindível garantir que, tanto os agentes ATPS e o Sponsor ATPS, tenham disponibilidade para participar dos encontros, aulas e mentorias, além da construção do projeto previsto no programa. Será fundamental também a participação do Sponsor ATPS nos encontros de apresentação de projetos.
A turma de 2025 contará com 36 vagas disponíveis. Caso o número de cooperativas inscritas seja maior, os critérios de desempate serão: envio do Diagnóstico ESG 2024, inscrição de projeto no Dia C 2024, participação no Anuário 2024 e adesão ao PDGC 2024.
Linhas de pesquisa
As cooperativas podem optar entre as quatro linhas de pesquisas nas quais deverão desenvolver seus projetos que impactem as comunidades nas seguintes áreas:
1. Gestão e uso sustentável de recursos naturais:
Como exemplos, poderão ser desenvolvidos iniciativas como mercado de agricultores e feiras de produtos regionais; projeto de Cooperação Agroecológica Local, que consiste na criação de uma rede de agricultores da região com uma produção sustentável, baseada em princípios agroecológicos.
2. Economia circular e resíduos:
Poderão ser realizadas ações como organização de arranjo produtivo local (APL), ou seja, atividades que podem gerar renda como a produção de compostagem e reciclagem que estejam adaptados à realidade de pequenas localidades ou vilarejos.
3. Agricultura sustentável e segurança alimentar:
Nessa área, há opções como construção de sistema de energia solar, eólica e biomassa em comunidades rurais ou isoladas, visando promover a autossuficiência energética.
4. Turismo Sustentável e Desenvolvimento Local:
Os grupos podem criar projetos de turismo comunitário e sustentável como motor de desenvolvimento econômico da região, respeitando o meio ambiente e valorizando a cultura local.
5. Economia Local:
Nesse quesito, os participantes podem identificar e desenvolver um APL local para geração de emprego e renda.
Sobre o curso
O Programa ATPS conta com 194 horas de capacitação, sendo 74 horas de treinamento presencial e até 120 horas de mentoria online. A formação é estruturada em nove módulos que guiam os alunos em cada etapa do processo.
Na fase inicial, os participantes são orientados a identificar as principais demandas, com análises e diagnósticos que ajudam a mapear os desafios e oportunidades locais. Em seguida, são estimulados a refletir sobre como suas cooperativas podem colaborar na solução das demandas identificadas, dando início à criação dos projetos. Essa etapa inclui o envolvimento com os stakeholders locais e a busca de parcerias para a implementação do programa.
O curso também auxilia os futuros agentes de transformação e prosperidade social a viabilizarem financeiramente a execução do projeto desenvolvido. Por fim, eles aprendem a mensurar o impacto que essas ações deixam nas comunidades, incentivando uma visão de longo prazo que transformem positivamente a realidade local.