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Intensa frente fria liga o alerta dos produtores cooperados mineiros

19/05/2022
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A intensa frente fria que atinge boa parte do país e todo o Estado de Minas Gerais liga mais uma vez o alerta dos produtores rurais mineiros, já bastante impactados com as últimos intempéries climáticas.

As simulações de previsão do tempo apontam para a chance para um novo episódio de geadas em áreas extensas de café, como Três Pontas, Campos Gerais, Machado e Patrocínio. De acordo com simulação mais recente GFS-NOAA (Global Forecast System ou Sistema de Previsão Global, que pertence ao National Oceanic and Atmospheric Administration), a temperatura diminuiu na região.

Em Minas Gerais, as cooperativas de café representam 27% do total de cooperativas do ramo agropecuário. Elas congregam 80,8 mil cooperados, que representam 51% do total de cooperados do ramo agropecuário mineiro e geram 7,2 mil empregos diretos e indiretos.

No último ano, 56,8% do café produzido no Estado (19,7 milhões de sacas) passou por uma cooperativa e uma a cada três xícaras de café consumidas no Brasil são originadas de cooperativas mineiras. As principais cooperativas produtoras do grão estão localizadas nas mesorregiões Sul/Sudoeste de Minas e Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba, mais impactadas pela geada, e que juntas são responsáveis pela produção de 93% do café cooperativo.

Nas regiões estão situadas 34 cooperativas que receberam 18,28 milhões de sacas de café em 2020. Destas, 15 cooperativas exportaram 6.148 mil sacas do produto para mais de 50 países em todo o mundo, movimentando aproximadamente R$ 4,15 bilhões, evidenciando a importância e o protagonismo das cooperativas mineiras no mercado internacional

Previsão para o café em 2022

Segundo levantamento da Companhia de Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado em janeiro deste ano, a safra esperada para o café em 2022 é estimada em 56 milhões de sacas, alta de 14% em relação ao ano passado. Na próxima semana será divulgado o segundo levantamento do café.

Vale ressaltar que a região Sul de Minas vem de período de escassez de chuvas e altas temperaturas, com isso, ocorreu o amadurecimento precoce do grão e a antecipação da colheita. A analista do Sistema Ocemg, Diana Oliveira complementa que mesmo em ano de bianualidade alta do café, as lavouras já passaram por um estresse grande nos últimos tempos e isso impacta na colheita atual.

Sobre os efeitos da geada prevista para esta semana, a analista ressalta que o fruto já está maduro e o risco que se corre é de perda na qualidade deste fruto, que pode cair no chão ou ser afetado pela umidade e pela ação de fungos. Além disso, ela atenta que as geadas podem repercutir na lavoura do próximo ano, queimando os galhos das plantas e influenciando na florada.

Credito rural  

Segundo a analista do Sistema Ocemg, Diana Oliveira, o crédito rural deve atuar para amenizar os prejuízos provocados pelo clima. Ela explica que os seguros rurais para geadas cobrem os custos do que afetou a lavoura, mas não a projeção de colheita que poderá ser afetada com a perda da qualidade do fruto.

Além disso, ela relembra que há cerca de 20 anos não havia geadas no Estado e as ocorridas no ano passado pegaram todos de surpresa. Para tal, foram criadas linhas de crédito emergenciais que contribuíram para a recuperação dos produtores e podem ser uma solução para as geadas desta semana.

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