
Formações realizadas em março aprofundam conhecimento em gestão e sustentabilidade no cooperativismo
O Sistema Ocemg tem investido na qualificação das lideranças cooperativistas por meio de formações internacionais, promovendo conhecimento estratégico para fortalecer a gestão e a competitividade das cooperativas mineiras. Nesse sentido, em março, a entidade promoveu duas missões internacionais em Portugal, proporcionando aprendizado imersivo e troca de experiências com instituições de referência no cooperativismo e na gestão estratégica.
De 8 a 14 de março, o Coop Management Program foi realizado na Católica-Lisbon School of Business and Economics, uma das melhores escolas de negócios da Europa. A formação, voltada para os dirigentes cooperativistas, aprofundou temas como liderança estratégica, governança corporativa e posicionamento de mercado. Já a Missão Técnica – Acelerador de Projetos de Sustentabilidade, também realizada na Católica-Lisbon, teve o foco na capacitação de cooperativistas para o desenvolvimento de soluções inovadoras e sustentáveis em suas cooperativas.
“A qualificação das lideranças cooperativistas fortalece o setor e prepara as cooperativas para os desafios do futuro”, ressalta o presidente do Sistema Ocemg, Ronaldo Scucato. “Mais cooperativistas de Minas Gerais terão a oportunidade de vivenciar esse aprendizado e expandir suas conexões. Seguiremos promovendo iniciativas que estimulem a inovação e o crescimento do setor”, antecipou.
O superintendente do Sistema Ocemg, Alexandre Gatti, destaca o impacto dos programas internacionais na formação de lideranças e no desenvolvimento de projetos sustentáveis nas cooperativas mineiras. Confira no vídeo abaixo:
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Potencializar projetos cooperativistas
Promover transformação social por meio do cooperativismo exige uma visão estratégica e um entendimento profundo das demandas das comunidades. Por isso, compreender o impacto real que um projeto pode alcançar é fundamental para colocá-lo em prática. Na Missão Técnica — Acelerador de Projetos de Sustentabilidade, representantes de cooperativas mineiras aprofundaram seus conhecimentos e aperfeiçoaram iniciativas iniciadas no Programa de Formação de Agentes de Transformação e Prosperidade Social (ATPS) 2024, elaborando estratégias mais robustas para ações de impacto socioambiental.
Para a analista de Cidadania e Sustentabilidade do Sicoob Credcooper, Thais de Paula Silva, a experiência trouxe novas perspectivas sobre planejamento e inovação. “Os professores nos ajudaram a enxergar novas possibilidades para o nosso projeto, a entender a importância de dar funções às pessoas para que se sintam parte do processo”, afirma. “Além disso, as trocas com outras cooperativas e as dicas que recebemos foram fundamentais para fortalecer nossos projetos, impactando não só nossas cooperativas, mas também nossas comunidades”, acrescenta.
Já Kátia dos Anjos Brito, analista de Responsabilidade Social da Unimed Vale do Aço, destacou a importância de estruturar projetos com indicadores bem definidos. Segundo ela, um dos principais aprendizados em Lisboa foi compreender como a teoria da mudança conecta atividades, resultados e impacto real das iniciativas. “A missão nos fez refletir sobre o valor que realmente estamos criando para nossos beneficiários. Aprendemos a definir indicadores mais claros e a estruturar nossas iniciativas com base na sustentabilidade de longo prazo”, analisa.
Liderança e inovação para o futuro
O Coop Management Program aprofundou o conhecimento dos participantes em gestão, ampliando sua visão sobre liderança e inovação. Para o presidente da Cooperativa Agropecuaria de Ferros (Cafel), Wagner Lage, a experiência na Católica-Lisbon School of Business and Economics proporcionou reflexões essenciais sobre a gestão cooperativa. Ele destaca que a troca de conhecimento com outros dirigentes e o contato com especialistas o ajudaram a repensar o modelo de liderança como elemento estratégico.
“Antes, eu via a liderança como um processo mais solitário, com decisões tomadas de cima para baixo. Mas a experiência me mostrou que uma gestão eficaz precisa ser colaborativa e inclusiva”, conta. “A imersão foi um divisor de águas, ampliando meu entendimento sobre inovação e estratégias de mercado. Agora, nosso desafio é aplicar esses aprendizados no fortalecimento da nossa cooperativa e na geração de um impacto ainda maior em nossa comunidade”, planeja.