O cooperativismo brasileiro experimenta, nos últimos anos, uma forte estruturação da sua maneira de atuar institucional e politicamente. Prova disso foi o lançamento do Novo Ciclo do Programa de Educação Política do Sistema OCB, em um evento virtual, realizado no dia 14 de julho.
Na oportunidade, a Unidade Nacional reuniu cerca de 60 dirigentes de Organizações Estaduais de todo o país, contando, também, com a presença dos representantes do Grupo de Trabalho (GT) de Relações Institucionais. No mesmo dia, o GT se reuniu para detalhar o Guia de Representantes do Sistema OCB. No grupo, o Sistema Ocemg é representado pela gerente Geral, Isabela Pérez, e pelo assessor institucional, Geraldo Magela.
A superintendente da OCB, Tânia Zanella, frisou que o Programa, agora realizado de forma ininterrupta, é um marco para o cooperativismo brasileiro, principalmente em um momento tão relevante quanto o atual, em que o correto tratamento do Ato Cooperativo foi contemplado no texto da Reforma Tributária, aprovado pela Câmara este mês. “Tornar este programa permanente era um desejo nosso. Ele decorre de um movimento que começou em 2018, nas eleições, se consolidou no período eleitoral de 2022 e tomamos como missão torná-lo perene”, frisou. Segundo Tânia, o foco da iniciativa é a formação das equipes para o aprimoramento das relações institucionais e políticas, que requerem relacionamento com entes públicos e privados, bem como disseminar essa cultura nas Unidades Estaduais e cooperativas.
Clara Maffia, gerente de Relações Institucionais do Sistema OCB, frisou que a inclusão do Ato Cooperativo no texto aprovado na Reforma Tributária é resultado desse trabalho de relações institucionais, realizado pelo Sistema OCB e pelas OCEs.
A programação do lançamento contou com a palestra “Criando times de excelência na representação do cooperativismo”, com Rodrigo Almeida, sócio da BMJ Consultores Associados. O especialista citou pontos de destaque da área de relações institucionais, como: localizar a OCE no jogo político do seu Estado de atuação; prover insumos estratégicos para tomada de decisões; evitar agendas meramente reativas e surpresas prejudiciais aos interesses do setor; padronizar o discurso institucional junto às instituições públicas; e construir relacionamentos e agendas positivas em benefício da entidade e do seu poder de influência onde atua. “Nessa área, o mais importante é entender onde estamos e como cada Unidade Estadual pode interferir nesse jogo político. O melhor para nosso setor é tentar antecipar e padronizar os procedimentos e discursos”, destacou Almeida.
Magela, representando o Sistema Ocemg no encontro, ressaltou a necessidade de compreensão da complexidade do trabalho de relações institucionais e governamentais. Para ele, é importante conhecer a natureza das entidades com as quais a Unidade Estadual irá se relacionar, sejam públicas, sejam privadas ou cooperativistas, tendo em vista que os três setores têm naturezas distintas.