O Sistema Ocemg lançou, no dia 11 de julho, em sua sede, a 14ª edição do Anuário de Informações Econômicas Sociais do Cooperativismo Mineiro. A publicação faz uma radiografia do setor em Minas, além trazer um ranking com as maiores cooperativas do Estado.
Segundo levantamento, o cooperativismo mineiro registrou crescimento pelo quinto ano consecutivo. Em 2018, as cooperativas com sede em Minas Gerais movimentaram um total de R$ 53,6 bilhões, crescimento de 14,9% em relação 2017, quando foram registrados R$ 46,7 bilhões. Esse resultado corresponde à 9% do Produto Interno Bruto do Estado. Se comparados ao crescimento de Minas e do Brasil, 1,2% e 1,1%, respectivamente, os valores ganham ainda mais destaque.
A publicação também confirmou a geração de empregos no setor, que teve um incremento de 9,8% no período analisado, ultrapassando a marca de 43 mil pessoas empregadas. No ano passado, o segmento registrou também um crescimento de 9,8% no número de cooperados em Minas, o que equivale a 155 mil novos membros, contabilizando 1,74 milhão de pessoas.
O presidente do Sistema Ocemg, Ronaldo Scucato, acredita que o Anuário tem papel fundamental no direcionamento das ações do cooperativismo mineiro. “Números e estatísticas são importantes, porque são base de análises e comparações. A partir dos dados do cooperativismo mineiro é possível que as cooperativas tracem diretrizes e melhorem, ainda mais, seus resultados”, exaltou.
Presente no lançamento da publicação, Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB, reiterou as palavras de Scucato: “Quem tem base de informações tem inteligência e consegue traçar estratégias e saber onde quer chegar”, disse, frisando que a OCB lançou, também em julho, sua primeira edição do Anuário do Cooperativismo Brasileiro, influenciada por Minas Gerais.
Em palestra sobre Cenários e Tendências do Cooperativismo Mineiro, o mestre e doutor em Teoria Econômica pela Universidade de São Paulo (USP), Juan Jensen, abordou as oportunidades, neste e nos próximos anos, que se apresentam para o segmento cooperativista. Segundo ele, devido ao acordo com a União Europeia, o mercado com a Europa tende a crescer, afetando diretamente as cooperativas Agro. Bem como o menor endividamento das famílias e uma crescente desconfiança em relação aos bancos públicos criam um ambiente positivo para as cooperativas de crédito.
“Este ano, o crescimento do país continuará baixo, mas o segundo semestre vai determinar como será o crescimento de 2020, dependendo, claro, de como a economia vai se comportar em relação à reforma da Previdência”, explicou.
Ramos
Ao todo, o cooperativismo mineiro contabilizou 771 cooperativas, de 11 diferentes ramos da economia. Os três ramos do cooperativismo, responsáveis pela maior parte da movimentação de renda em Minas Gerais, foram Agropecuário, Crédito e Saúde. Juntos, eles representam 96,7% dos R$ 53,6 bilhões. Já os segmentos que mais geraram postos de trabalho foram Saúde, com 1.638 novos empregados e o Crédito, com 1489 contratados.
Novidades
Este ano, o aplicativo Cooperativismo em Minas, que disponibiliza por meio digital o acesso e consulta dos dados de cada cooperativa e do segmento, traz uma novidade: o Catálogo Virtual de Produtos e Serviços de Cooperativas. A intenção é possibilitar que os usuários tenham acesso às informações das cooperativas como nome, e-mail, localização de forma atualizada e permanente no meio digital. A tecnologia está disponível gratuitamente na Apple Store e na Google Play Store.
