O Produto Interno Bruto (PIB) de Minas Gerais no segundo trimestre de 2019 apresentou uma variação negativa de 0,7%, em relação ao trimestre imediatamente anterior. O Brasil demostrou crescimento de 0,4% no mesmo período. Os dados foram apresentados pela Fundação João Pinheiro, em evento no dia 13 de setembro, que contou com a presença de entidades de classe do Estado, entre elas o Sistema Ocemg.
A retração, segundo especialistas da Fundação, é reflexo da redução de mais de 22% no volume da produção da extração mineral no Estado, sendo que o setor de serviços, particularmente, transportes, por ter ligação à escoação de minérios, também contribuiu para o resultado negativo. A estimativa preliminar do PIB no período foi de R$ 155,8 bilhões.
Já os resultados positivos se deram, principalmente, com base em uma pequena recuperação na construção civil, que cresceu 2% em relação ao trimestre anterior e 2,6% em um comparativo com o segundo trimestre de 2018. O crescimento do setor gera muitos empregos, o que significa que, caso tenha continuidade, será muito importante para uma retomada da economia do Estado no futuro.
Outro segmento que apresentou um incremento em relação primeiro trimestre foi o Agropecuário, que cresceu 5,9% em Minas, enquanto no Brasil houve recuo de 0,4% no setor no mesmo período analisado.
Contribuição do cooperativismo
Todos os anos o cooperativismo é parte relevante do crescimento e desenvolvimento do Estado. Segundo dados do Anuário de Informações Econômicas e Sociais do Cooperativismo Mineiro, 9% de tudo o que foi produzido em Minas em 2018 veio das cooperativas. O segmento movimentou R$53,6 bilhões, o que significa um aumento de 15% em relação ao ano anterior.
Devido a essa pujança, o cooperativismo gera, atualmente, cerca de 43,1 mil empregos e reúne mais de 1,7 milhões de cooperados em todo o Estado. Além disso, 24,8% da população mineira está envolvida com o segmento cooperativista de forma direta ou indireta.