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Preço do Café sofre grandes alterações no mercado

08/11/2022
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Nos anos de 2020 e 2021, a soma do consumo interno e as exportações brasileiras obteve o número aproximado de 68 milhões de sacas. E em dezembro de 2021 a estimativa de produção da Conab foi de 47,7 milhões de sacas, um déficit de quase 20 milhões de sacas. As condições climáticas desfavoráveis como a seca e as geadas, impactaram fortemente na redução da produção. Além disso, ocorreram problemas na produção e escoamento de outros países da América Central, Colômbia e Vietnã, acarretando solidez nas cotações.

Contudo, a conjuntura da cafeicultura está passando por novas mudanças. Muitos cafeicultores negociaram o café em agosto e setembro com preços abaixo do custo de produção, uma vez que a produção de 2022 foi bem menor que o estimado. Nos últimos dois anos, ocorreu alta nos preços dos combustíveis, da energia, dos defensivos, dos fertilizantes, das máquinas (colheita e benefício) e da mão de obra.

Esta semana os contratos de café operaram em forte queda na bolsa de Nova Iorque. As razões para a queda são:

  • As chuvas do mês de outubro que traz uma expectativa de aumento de safra para o ano de 2023;
  • Expectativa com a entrada da safra da Colômbia e América Central;
  • O volume dos embarques de café em setembro deste ano.

Estes fatores levaram os compradores a diminuírem as compras, esperando uma definição da oferta de café. Outro entrave que vem para a queda do café na bolsa de Nova Iorque é a situação econômica dos EUA e Europa com inflação e juros altos em consequência dos conflitos entre Rússia e Ucrânia.

Segundo o Centro de Estudo Avançados em Economia Aplicada (CEPEA), da ESALQ/SP, o cafeicultor corre o risco de se descapitalizar na safra atual, porque os custos de produção continuam altos e os preço do café estão caindo. E nos últimos dois anos e meio o produtor foi afetado por condições climáticas adversa, principalmente secas e geadas.

De acordo com a síntese de mercado da Fundação Procafé, o retorno das chuvas nas principais regiões produtoras que vinham sendo atingidas pela seca, contribuiu para a paralisação das perdas, mas a recuperação dos cafezais não deve produzir no volume esperado e será menor ao que foi projetado pelo mercado.

Os contratos na bolsa de Nova Iorque, ultimamente operam em queda. Desde o início de outubro até dia 28/10 a queda acumulada foi de 5.175 pontos. Em reais por saca, os contratos de café para dezembro/22 fecharam, no dia 30 de setembro em R$ 1.580,00 e ontem, 03/11 o fechamento foi R$ 1.163,99.

De acordo com o site Ivesting, dia 04/11, sexta-feira, os contratos futuros do café arábica  caíram na bolsa de Nova Iorque quase 5%.

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