O indicador composto da Organização Internacional do Café (OIC) diminuiu 4,1%, para uma média de 104,45 centavos de dólar por libra-peso em maio de 2020. Isso marca o segundo mês consecutivo de queda.
O preço diário do indicador composto da OIC atingiu uma alta de 107,29 centavos de dólar por libra-peso em 11 de maio e depois declinou nas duas semanas seguintes, atingindo uma baixa de 98,68 centavos de dólar por libra-peso em 29 de maio. As expectativas de uma produção maior da safra 2020/21 do Brasil, cuja colheita está em andamento, e as contínuas expectativas de baixa para a demanda pressionam os preços em maio.
Enquanto todos os grupos Arábica tiveram uma queda em maio de 2020, o indicador do grupo Robusta aumentou 0,9%, para 64,53 centavos de dólar por libra-peso.
A volatilidade do indicador composto da OIC diminuiu 2,9 pontos percentuais, para 7,7% no mês passado.
Em abril de 2020, as exportações mundiais atingiram 10,82 milhões de sacas, 3,1% inferior às 11,17 milhões de sacas exportadas em abril de 2019.
Os envios globais nos primeiros sete meses do ano cafeeiro de 2019/20 caíram 3,8%, para 72,78 milhões de sacas. As exportações da África aumentaram 7%, para 7,66 milhões, e da Ásia e Oceania aumentaram 0,6%, para 23,62 milhões de sacas, em outubro de 2019 a abril de 2020.
Durante o mesmo período, os embarques da América Central e do México diminuíram 4,9%, para 8,77 milhões de sacas, e da América do Sul, 8,6%, para 32,74 milhões de sacas.
Em 2019/20, o consumo mundial de café é estimado em 166,06 milhões de sacas, 0,5% a mais que em 2018/19.
Embora vários países tenham começado a reabrir lentamente atividades não essenciais, a OIC prevê que o consumo de café fora de casa permaneça fraco por algum tempo. Além disso, diz que a perda de empregos pode diminuir a demanda, principalmente para consumidores não habituais.
A produção em 2019/20 é estimada em 167,91 milhões de sacas, o que poderia exceder o consumo em 1,85 a 3,42 milhões de sacas, dependendo do impacto do COVID-19.