Produtores associados de cooperativas mineiras foram premiados no 5ª “Mondial du Fromage et des Produits Laitiers”, realizado entre os dias 12 e 14 de setembro na cidade de Tours, na França. Ao todo, cooperados de seis organizações do Estado foram agraciados neste que é considerado o Concurso do Melhor Queijo Mundial.
Do total de 300 medalhas concedidas pelo concurso, 57 foram para produtores brasileiros, sendo 40 de Minas Gerais. O certame reuniu concorrentes de 46 países. Entre os queijeiros mineiros, quatro foram contemplados com a medalha ‘superouro’.
Os produtores são cooperados do Sicoob Saromcredi, da Cooperserro, do Sicoob Credicenm, da Coopa-CMD, do Sicoob Coopacredi e do Sicoob Credibam.
A organização do evento seguiu um rígido protocolo sanitário de prevenção contra a disseminação da Covid-19, sendo atestado pela Association Française de Normalization Afnor, umas das maiores certificadoras da Europa, após avaliar mais de 100 critérios de segurança. O evento, organizado pela Guilde Internationale des Fromagers, promove premiações, palestras e encontros de profissionais do setor.
Apoio cooperativista
As cooperativas mineiras dão suporte à produção de queijo artesanal pelos cooperados, seja por meio de aportes financeiros, por suas lojas de produtos agropecuários, na oferta de serviços de assistência técnica ou até por meio do laticínio próprio, no caso da Cooperserro, única cooperativa que produz Queijo Minas Artesanal entre as filiadas ao Sistema Ocemg.
Por sua vez, o Sistema Ocemg realiza um trabalho de acompanhamento das tramitações referentes à produção e à regulamentação do produto junto aos Poderes Executivo e Legislativo; bem como promove iniciativas com foco na capacitação de cooperados do ramo agropecuário e até a oferta de informações que vão desde a saúde do rebanho, até análises microbiológicas da água e do queijo. Recentemente, em 2021, a analista da Gerência de Desenvolvimento e Monitoramento de Cooperativas da organização, Diana Oliveira, participou do grupo de debates para formulação dos pareceres de revalidação do título de Patrimônio Cultural do Brasil, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para o Queijo Minas Artesanal. Obrigatoriamente, a cada 10 anos, as condições atuais do queijo ou de outro bem denominado patrimônio passa por uma reavaliação com foco nas condições atuais do produto, visando atualizar o que foi sendo modernizado com o passar dos anos.