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Programa Agente de Transformação e Prosperidade Social: Turma III Encerra Jornada com Apresentação de Projetos

05/02/2024
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ATPS promove projetos de desenvolvimento sustentável, abrangendo aspectos econômicos, sociais, ambientais e culturais locais

 

O Sistema Ocemg concluiu, no dia 1ª de fevereiro, a terceira turma do Programa Agente de Transformação e Prosperidade Social (ATPS). O programa é resultado de uma parceria entre a Entidade e a Fundação Dom Cabral (FDC) para impulsionar iniciativas de crescimento sustentável, englobando vertentes econômicas, sociais, ambientais e culturais locais.

Com uma abordagem inovadora, incorpora não apenas módulos de conteúdo, mas também sessões virtuais para guiar as cooperativas na concepção de projetos a serem concretizados ao término de seus ciclos. As reuniões iniciaram em fevereiro do ano passado, e o Sistema Ocemg ofereceu subsídios para que os agentes promovessem o desenvolvimento sustentável nos âmbitos econômico, social, ambiental e cultural.

“Fomos atrás da Fundação Dom Cabral para criar um verdadeiro alicerce de conhecimento, afinal, é mudando que chegamos a algum lugar”, aponta o presidente do Sistema Ocemg, Ronaldo Scucato. “Além disso, ele é estratégico porque implica na intercooperação e a responsabilidade social”, completa.

O consultor Pedro Lins explica que ser um agente transformador é refletir como mudar a vida de alguém. “Quando isso acontece, já fizemos a diferença no mundo, o que tem tudo a ver com o cooperativismo. O ser humano é um ser coletivo e social e o que nós estamos fazendo nada mais é do que a cooperação social para transformação da humanidade”.

Conforme a gerente de Educação e Desenvolvimento Sustentável, Andrea Sayar, o ATPS foi criado em 2019, a partir de uma construção coletiva. “O Sistema Ocemg é pioneiro na ideia que mostra, na prática, que o cooperativismo vai além do trabalho interno e se transforma em um fator de desenvolvimento local”.

Conheça os projetos apresentados

No fechamento da terceira turma do ATPS, realizado no dia 1º de fevereiro, oito grupos de cooperativas compartilharam propostas visando transformar as comunidades onde estão instaladas.

O Sicoob União Central, em parceria com a Unimed BH, mostrou a importância da inclusão de pessoas com deficiência nas cooperativas. “No Brasil, temos 19 milhões de pessoas com deficiência, PCDs. Porém, menos de 30% delas estão no mercado de trabalho”, mostra Brunna Fernandes de Castro, representante do Sicoob União Central. “Nossa proposta é uma formação das entidades para receberem essas pessoas”.

O grupo Central Mineira, representado pelo Sicoob Credesp, apresentou o programa Start Jovem. “Em 2022, identificamos um gargalo na capacitação empreendedora. A partir daí, foi criado o “Aprender para Empreender e Investir”, que leva os jovens a trabalharem o tema. Com o ATPS criamos uma roupagem do projeto, onde os adolescentes aprenderam como cuidar do dinheiro, ter um futuro mais consciente e saber como empreender”, explica a gerente de Processos de Governança do Sicoob Credesp, Fernanda de Faria Alves.

A Cooperativa dos Cafeicultores de Guaxupé (Cooxupé), criou o Programa de Adequação do Sistema de Esgotamento Sanitário Rural em Guaxupé. Segundo o analista de ESG da cooperativa, Matheus Franco Severino, o objetivo é melhorar a qualidade de vida da população. “Criamos um sistema de biodigestor que substitui a fossa rudimentar que, diferente dela, trata o esgoto e despeja o efluente líquido em conformidade com as leis ambientais. Já o lodo seco que é gerado, pode ser usado como adubo. Instalamos um projeto-piloto e tem sido bem-sucedido. Agora pretendemos expandir o negócio e até 2040 cobrirmos 100% das propriedades rurais de forma sustentável”.

A sustentabilidade também está presente no projeto do Alto do Paranaíba. O Sicoob Credicopa trouxe um projeto de criação em formato de mandalas para a agricultura sustentável. “É um sistema composto por canteiros em forma circular. No centro, há um tanque com peixes que fertilizam a água para irrigação de diversas plantas. Em áreas com pouca água, a criação pode ser de aves”, explica Milton Roberto, diretor-executivo da coop. “A ideia é manejar de forma equilibrada o solo e demais recursos naturais. A agricultura familiar representa mais de 70% do alimento produzido e colocado na mesa do consumidor”.

O grupo Central Mineira II, composta pelo Sicoob Credinacional, Sicoob Credplus e Sicoob Credibom e Sicoob Cooperbom, apresentou o projeto Sucessão Familiar. “Queremos garantir a continuidade das atividades agrícolas e o desenvolvimento sustentável da propriedade rural”, explica o agente Administrativo do Sicoob Credinacional, Matheus Ferreira de Vasconcelos. “A maioria dos produtores acha que o filho deve sair do campo e estudar fora para ser alguém na vida. Queremos mostrar que existe prosperidade nas terras de cada um”.

A Unimed Federação Minas tem como objetivo fomentar projetos sociais da Região Metropolitana de Belo Horizonte. “Muitos empreendedores não têm acesso às leis de incentivo. Neste sentido, iremos atuar com um projeto estruturante, ou seja, no auxílio a essas pessoas que estão tentando emplacar seus negócios”, explica Rodrigo Bragança, representante da entidade.

Atuando no Vale do Mucuri, o Sicoob Credivale pretende gerar riqueza através da economia circular. “Hoje, 60 famílias vivem do que catam no lixão. Mas lugares assim só existem devido ao descarte incorreto da população”, explica Izabella Amaral Souza, responsável pelo Investimento Social do Sicoob Credivale. “Organizamos o workshop Recicla Coop e algumas oficinas voltadas à ideia. Atualmente temos 14 toneladas sendo arrecadadas todos os meses e já instalamos o primeiro ecoponto da cidade”.

O grupo do Norte de Minas, composto pelo Sicoob Credichapada e Sicoob Credinor apresentou um projeto de turismo da base comunitária do município de Januária. “Pretendemos engajar os moradores e empreendedores locais na atividade turística da região, com a realização de visitas gratuitas aos atrativos municipais e ao Parque Nacional Cavernas do Peruaçu para estimular a cultura local através da geração de riquezas, do turismo inclusivo e de base comunitária”, detalha o analista de Governança e Investimento Social do Sicoob Credinor, Igor Felipe Andrade de Souza. “A ideia é mostrar para essas pessoas maneiras de se apropriar economicamente dos recursos da cidade e ter isso como fonte de renda”, conclui.

 

 

 

 

 

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