Candidatura tem apoio do Sistema Ocemg e busca tornar os modos de fazer queijo minas artesanal Patrimônio Imaterial da Humanidade, impulsionando a economia do Estado.
A candidatura dos “Modos de Fazer Queijo Minas Artesanal” ao título de Patrimônio Imaterial da Humanidade, concedido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), reflete o empenho em preservar e promover esta tradição cultural de Minas Gerais, um reconhecimento que pode fortalecer a economia local.
Nesse sentido, no dia 19 de outubro, o Sistema Ocemg participou da terceira reunião da Comissão de promoção da Candidatura QMA Patrimônio Imaterial Cultural da Humanidade pela Unesco, instituída pelo Governo de Minas, coordenada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG) e pela Secult/MG – Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, em parceria com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais – Emater-MG, outros órgãos públicos estaduais e várias entidades, todos comprometidos com a valorização da iguaria mineira. Realizada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, a reunião marcou o lançamento da campanha para promover a obtenção do título para a iguaria mineira.
Como parte das ações da campanha, a Emater-MG realizou, no mesmo dia, o Encontro para a Promoção dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal. Em plena Praça da Liberdade, o evento contou com uma feira de agricultura familiar, exposição e comercialização de queijos de várias regiões de Minas Gerais, além de apresentações artísticas e atendimento de saúde para mulheres, com exames de mamografia, dentro da campanha Outubro Rosa.
Importância para o cooperativismo mineiro
O Sistema Ocemg tem desempenhado um papel essencial no processo de reconhecimento dos modos de fazer queijo minas artesanal como Patrimônio Imaterial da Humanidade pela Unesco, destacando a relevância cultural e econômica dessa atividade para Minas Gerais. Entre os produtores, há cooperados tanto de cooperativas agropecuárias quanto de crédito.
O presidente da entidade, Ronaldo Scucato, ressalta a importância de reconhecer o valor dessa tradição do Estado para o fortalecimento das cooperativas e dos produtores que atuam nesse segmento. “A produção de queijo artesanal vai além de uma simples tradição. Ela está profundamente conectada ao desenvolvimento econômico sustentável das regiões mineiras”, avalia. “O cooperativismo apoia esses produtores, oferecendo assistência técnica e promovendo uma cultura de colaboração, que fortalece a economia local e melhora a qualidade de vida das famílias que dependem dessa produção”.
O reconhecimento internacional dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal pode agregar valor aos produtos, abrindo portas para novos mercados e gerando maior desenvolvimento econômico para as regiões produtoras. “Quando as cooperativas fortalecem seus produtores, toda a cadeia produtiva se beneficia. O reconhecimento internacional dos Modos de Fazer Queijo Minas Artesanal pode elevar a renda dos cooperados e permite que as cooperativas sejam ainda mais competitivas”, acrescenta Scucato. “Esse ciclo virtuoso de desenvolvimento é o que move o setor em Minas Gerais e reforça nosso papel de agente transformador nas regiões onde atuamos”.
Jornada de reconhecimento
A trajetória do Queijo Minas Artesanal rumo ao reconhecimento como Patrimônio Imaterial da Humanidade pela Unesco mostra a força das tradições mineiras. O Sistema Ocemg, como parceiro desde o início do processo, tem sido peça-chave no fortalecimento dessa cadeia produtiva, reforçando a importância das cooperativas na defesa dessa cultura que atravessa gerações e mantém forte conexão com o desenvolvimento local.
O assessor institucional, Geraldo Magela, que representa o Sistema Ocemg na Comissão, destaca que o envolvimento da entidade com o processo de reconhecimento vai além do apoio logístico, reforçando o compromisso com a valorização do cooperativismo mineiro e seus produtores. “O Sistema Ocemg reconhece que os modos de fazer o Queijo Minas Artesanal não são apenas patrimônio cultural, mas também motor econômico para diversas regiões do Estado”, analisa. “Participar desse processo de oficialização junto à Unesco reafirma nosso papel em preservar essas práticas e garantir que os cooperados, muitos deles pequenos produtores, possam ter acesso a novas oportunidades, tanto no mercado interno quanto externo”.
Sistema Ocemg na valorização do queijo
O Sistema Ocemg atua em várias frentes para fortalecer a cadeia produtiva do Queijo Minas Artesanal e garantir a preservação dessa tradição. As ações da entidade são voltadas tanto para o suporte técnico e econômico aos produtores quanto para o reconhecimento do produto em novos mercados. Entre as principais iniciativas, destacam-se:
- Participação em eventos de promoção: O Sistema Ocemg apoia a realização de eventos como o Festival Minas Queijo Artesanal e a ExpoQueijo, que ajudam a divulgar os queijos mineiros em nível nacional e internacional.
- Capacitação e organização de produtores: com programas de educação e assistência técnica, a entidade ajuda a formar cooperativas, garantindo melhores condições de produção e maior acesso a mercados.
- Apoio à estruturação produtiva: pequenos produtores recebem suporte para se organizarem e aprimorarem suas práticas.
- Abertura para o mercado internacional: trabalhando em parceria com o governo federal e outras instituições, o Sistema Ocemg atua para remover barreiras sanitárias e possibilitar a exportação dos queijos artesanais mineiros, ampliando o alcance dos produtos para fora do Brasil.
Segundo Magela, essas ações evidenciam o compromisso da entidade com o desenvolvimento sustentável das regiões produtoras, garantindo que o Queijo Minas Artesanal continue a ser um símbolo da cultura e da economia de Minas Gerais.