Após alguns meses de preparação e estudos, uma reunião, no dia 31 de maio, deu continuidade aos trabalhos que vêm sendo realizados dentro da Jornada Empreendedora do Aglomerado Cabana do Pai Tomás. A iniciativa, desenvolvida pela Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo Horizonte (Urbel) e da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, conta com o Sistema Ocemg e o Sebrae/MG como parceiros.
O intuito foi compartilhar os resultados do diagnóstico feito na comunidade para mapeamento de empreendedores locais. Agora será feito um plano de ação para o desenvolvimento sustentável, a capacitação e a formação dos moradores, por meio da Jornada Empreendedora.
De acordo com levantamento da empresa Allus, mais de 55% dos empreendedores locais não são formalizados. Além disso, 74% dos negócios na região estão no setor de comércio, seguido de serviços (23,1%). Constatou-se ainda que 31,7% dos entrevistados faturam entre R$ 1 mil e R$ 3 mil reais, e 10,3% faturam de R$ 3 mil a R$ 5 mil. Os outros 35% preferiram não fornecer essa informação.
Segundo a analista do Sistema Ocemg Lidiane Arantes, durante o encontro foram mobilizadas as lideranças que irão ajudar a ampliar a participação da comunidade no projeto. “Com o diagnóstico foi possível compreender a realidade local, com um perfil criterioso e sugestões das principais necessidades dos empreendedores formais e informais”, explica a analista, frisando que a Jornada Empreendedora será de grande importância para o desenvolvimento da comunidade local, contribuindo para o crescimento e a profissionalização dos pequenos empreendedores na região.
Comunidade empreendedora
As organizações firmaram alianças com atores locais, como a Associação de Moradores do Aglomerado Cabana (ASMAC), além de igrejas, grupos de apoio e demais instituições que têm penetração na comunidade, para gerar engajamento, senso de pertencimento e apoio às ações implantadas pela Jornada Empreendedora.
Uma dessas agentes é Lúcia Helena Apolinário, vice-presidente da Associação Comunitária Vila Imperial, do Bairro Madre Gertrudes, e voluntária da Asmac, que realiza um trabalho de empoderamento feminino na comunidade, chamado Elas Lideram. Segundo ela, a intenção é, futuramente, constituir uma cooperativa com essas mulheres empreendedoras do grupo. Lúcia destacou ainda que a reunião foi rica em informações, principalmente sobre quantos e quantas empreendedoras estão regularizadas junto aos órgãos responsáveis. “Muitos e muitas empreendedoras locais não se consideram como tal, e esse encontro clareou a visão deles. Se você tem um negócio que te dá sobrevivência, que alimenta sua família, tem de reconhecer que empreende”, finalizou.