Ter consciência dos problemas não basta. É preciso boas ações para promover mudanças. E o maior desafio é colocá-las em prática. É o que afirma um dos maiores especialistas em gestão estratégica e vendas no Brasil, Sandro Magaldi, que nos dias 24 e 25 de maio orientou líderes da Cooperativa Central de Cafeicultores e Agropecuaristas de Minas Gerais (Coccamig) durante workshop para o desenvolvimento de iniciativas estratégicas que possam auxiliar no crescimento dos negócios.
As palestras e as dinâmicas aconteceram no Centro de Treinamento do Sistema Ocemg, em Belo Horizonte. A ideia é desenvolver, na Central, um plano de ações estratégicas pautado em sustentabilidade que servirá de diretriz para as 16 coops singulares, estimulando ainda mais o avanço nos negócios.
O superintendente do Sistema Ocemg, Alexandre Gatti, abriu o workshop que contou com a presença de 40 participantes de diversos munícipios onde as coops singulares estão localizadas, como, por exemplo, Varginha, no Sul de Minas, onde está sediada a Coccamig. Ele destacou o vasto portfólio de cursos oferecidos pela organização, além dos programas de monitoramento para o desenvolvimento das coops. “A Casa está aberta para todas as cooperativas”, disse Gatti.
Marco Valério Araújo Brito, presidente da Coccamig, enfatizou a necessidade de mudanças. “Estar aqui neste encontro é mais que um sonho, é uma necessidade de nos reestruturamos e nos reconectarmos”, destacou.
Magaldi durante a oficina provocou os líderes cooperativistas a refletirem sobre o contexto atual, as dúvidas e as possibilidades sobre o futuro, além das potencialidades da Coccamig. Entre os desafios, foi citada a necessidade de mais união, de atração de jovens, de uma comunicação mais eficaz, além da adesão a novas tecnologias. Magaldi alertou sobre a necessidade de as cooperativas saírem da zona de conforto. “Várias empresas quebraram por estar agindo com a lógica do passado. E para mudarmos não podemos ficar só na conversa, a transformação se dá pelo comportamento”, afirmou.
Os líderes refletiram também sobre o papel da Coccamig e o que pode ser reestruturado em cinco anos. Depois, foi a vez de desenvolverem um plano de ação. “Eles próprios construíram as iniciativas estratégicas, a partir da realidade em que vivem. Fui apenas o facilitador”, disse Magaldi, lembrando que as ações serão colocadas em prática na Central logo após o encontro. E esta é a fase mais difícil. “Eles terão desafios como gerenciar o tempo, para colocar em prática as iniciativas junto à rotina do trabalho, além exercitar a disciplina. O trabalho deve envolver os cooperados, empregados”, exemplificou. Ao final, Magaldi organizou um ebook, para orientar os líderes sobre a execução das mudanças. “Daqui a três meses, planejo encontrar com a turma para ver os resultados”, disse, lembrando que o programa foi planejado por ele, pelo Sistema Ocemg e pelos líderes da Coccamig.
Leonardo de Mello Brandão, diretor administrativo da Coccamig, considerou o encontro um divisor de águas, que contribui para a construção de um objetivo único para o fortalecimento das singulares, através da Central. A Coccamig tem 16 cooperativas associadas, alcançando mais de 100 municípios mineiros.
