Entre os dias 10 e 12 de novembro foi realizada a edição de 2021 da Semana Internacional do Café (SIC), um dos cinco maiores eventos do setor no mundo. Uma realização conjunta do Sistema Faemg da Café Editora, do Sebrae e do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), a SIC contou, mais uma vez, com o patrocínio do Sistema Ocemg, entre outros patrocinadores.
Este ano, o evento foi realizado de forma híbrida, com transmissão digital e de maneira presencial, com todos os cuidados para a preservação da saúde do público, no Expominas, em Belo Horizonte (MG), capital do maior estado produtor de café do país.
Desde a sua primeira edição em 2013, a SIC tem como foco o desenvolvimento do mercado brasileiro e a divulgação da qualidade dos cafés nacionais para o consumidor interno e países compradores, além de potencializar o resultado econômico e social do setor. Além do Sistema Ocemg, a Coocamig e as cooperativas Coopervass e Coopfam participaram com estandes no evento.
Na abertura do evento, ocorrida no dia 10 de novembro, participaram a Secretária de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Ana Valentini; o presidente do Sistema Ocemg, Ronaldo Scucato; o presidente do Sistema Faemg, Roberto Simões, o deputado Federal e presidente da Frente Parlamentar do Café da Câmara dos Deputados, Emidinho Madeira; o deputado estadual e primeiro vice-presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Antônio Carlos Arantes; o Secretário de Estado de Agricultura de Rondônia, Evandro César Padovani; o superintendente do Sebrae Minas, Afonso Maria Rocha; o diretor de Planejamento da Café Editora, Caio Alonso; e a diretora da Aliança Internacional das Mulheres no Café – Capitulo Brasil e WCA, Dandara Renault.
“Depois de tanto tempo, novamente presencial, mas também digital. Aprendemos alguma coisa com a pandemia. Em 2020, fomos obrigados a fazê-la somente de maneira digital e, com isso, tivemos mais de 25 mil acessos de pessoas de 58 países, então não podemos perder este ganho e, por isso, agregamos este formato ao nosso modo de proceder e ele enseja a participação de um número muito maior de pessoas e, consequentemente, de negócios”, explicou o presidente do Sistema Faemg, Roberto Simões, que não deixou de ressaltar que continua sendo um evento para toda a cadeia produtiva do café.
Em sua fala, Scucato comentou sobre o reconhecimento da importância da SIC, que proporciona debates e negócios deste que é o principal produto do Estado. Além disso, ele frisou que o Sistema Ocemg possui “800 cooperativas filiadas, entre elas 53 de produtores de café, com 800 mil cooperados, sua grande maioria pequenos produtores, que conseguem ter sucesso no seu empreendimento rural porque contam com uma cooperativa, que lhes dá acesso a insumos comprados adequadamente, assistência técnica e crédito orientado. E isto é muito importante”. O dirigente cooperativista falou ainda sobre o Programa de Energia Fotovoltaica do Cooperativismo (MinasCoop Energia), de geração de energia limpa capitaneado pela organização e abraçado por cooperativas de todo o Estado.
Ana Valentini relembrou, na sua fala, sobre o momento delicado enfrentado pelos cafeicultores nos últimos anos. “Em 2019, foram os preços baixos e, neste ano, o momento delicado continua devido aos custos de produção, ao preço alto dos insumos e às mudanças climáticas que trazem insegurança aos produtores. O caminho é a organização dos produtores em cooperativas para enfrentar as incertezas do mercado” afirmou.
Ao todo, a SIC contou com mais de 60 conteúdos e mais de 100 palestrantes, além de feiras para geração de negócios. O Sistema Ocemg e a Cooperativa Central de Cafeicultores e Agropecuaristas de Minas Gerais Ltda (Coccamig) montaram um estande na feira para promover o network e contatos de negócios.
Força de Minas e das cooperativas de café
Minas Gerais é o maior produtor de café do Brasil, representando 54,9%, com importante participação das cooperativas nessa cadeia produtiva. De acordo com dados divulgados pelo 16o Anuário Econômico e Social do Cooperativismo Mineiro, publicado pelo Sistema Ocemg, em 2020, 31,2% de todo o café produzido no país passou por uma cooperativa mineira. E essa representatividade sobe para 56,8% em relação ao café produzido no Estado de Minas Gerais, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento – Conab.
Além da forte participação no mercado interno, as cooperativas mineiras exercem importante papel nas exportações. Em 2020, a exportação de café do cooperativismo mineiro alcançou a marca de 369,4 mil toneladas, com 20 cooperativas exportando para 54 países.
