Coops pedem ao governo federal o montante de R$ 558 bilhões para o Plano Safra 2024/2025
O Sistema Ocemg esteve presente na reunião de apresentação das propostas para o Plano Safra 2024/25. Promovido pelo Sistema OCB, na Capital Federal, o encontro, realizado em 27 de março, contou com a presença do ministro da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Fávaro. Durante o evento, foram apresentadas as medidas para impulsionar os setores agrícola e pecuário no Brasil. A proposição entregue atinge o montante de R$ 558 bilhões, o maior da história até o momento.
Entre as propostas apresentadas, destacam-se a ampliação do crédito rural, a ampliação dos limites de contratação por tomador e o aumento do volume de recursos disponíveis. Também há a previsão da redução das taxas de juros e o estabelecimento de um percentual mínimo de Declaração de Aptidão (DAP) e Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF) para acesso ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
As sugestões incluem ainda a elevação da exigibilidade dos recursos de depósitos à vista de 30% para 34%. O Sistema OCB sugeriu alternativas para aumentar os recursos destinados à equalização das taxas de juros e fortalecer o programa de subvenção ao seguro rural, com a alocação de R$ 3 bilhões. Além disso, foi sugerido manter o percentual de direcionamento dos recursos captados na poupança rural em 65% e elevar o direcionamento dos recursos captados através da letra de crédito do agronegócio (LCA) de 50% para 60%.
Outras medidas objetivam o fortalecimento do cooperativismo de crédito, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o fomento ao acesso das cooperativas aos programas de sustentabilidade ambiental. Pretende-se, ainda, ampliar o acesso da agricultura familiar ao Pronaf, programa do governo que oferece crédito a agricultores familiares, demonstrando esforços para promover o desenvolvimento sustentável do setor agrícola.
Segundo o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, o encontro foi importante para fortalecer o setor rural brasileiro, onde o cooperativismo desempenha um papel fundamental. “Discutimos ideias e apresentamos demandas para entender como os recursos devem ser distribuídos”, explica. “As sugestões deste ano são pensadas em prol da continuidade de um trabalho que vem sendo feito com o intuito de desenvolver o agro brasileiro”.
O ministro da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Fávaro, destaca que este deve ser um trabalho feito em conjunto para que as alternativas oferecidas tragam resultados efetivos. “Sair da teoria e se conectar com a prática é poder compreender quais são os gargalos”, afirma. “Na medida em que conseguirmos avançar com toda a estrutura e capacidade de organização que o cooperativismo oferece, conseguiremos reduzir os abismos que separam as regiões do Brasil e avançar rumo à prosperidade nacional”.
Participação do Sistema Ocemg
O assessor Institucional do Sistema Ocemg, Geraldo Magela, representou o cooperativismo mineiro na reunião, sendo acompanhado por Raimundo Sauer, presidente da Cooperativa Agropecuária Unaí Ltda (Capul), e pelos dirigentes da Cooperativa Agrícola de Unaí (Coagril), Dércio Sturmer e Rudinei Luis Richter, respectivamente presidente e vice-presidente.
“O Sistema Ocemg desempenha um papel ativo tanto em termos técnicos quanto nas iniciativas de reivindicação e articulação com o Ministério. Em outras palavras, estamos plenamente engajados nesse processo”, explica Magela. “Reunimos nesse documento, elaborado pela OCB, as demandas do cooperativismo, tanto do ramo agropecuário quanto do ramo crédito, para melhorar a execução dessa política pública fundamental para o setor agropecuário que é o Plano Safra”, conta.
Geraldo enfatiza que o trabalho representativo do Sistema é fundamental para a formulação da proposta para o Plano. “Os resultados do anuário, as demandas oriundas de nossa participação em conselhos, os eventos promovidos pelo Sistema Ocemg e os resultados de cada um deles fornecem subsídios para a elaboração da proposta final, que contempla todas as regiões”, explica. “Embora o Plano Safra seja uma política nacional, sua distribuição ocorre regionalmente. Por isso permanecemos atentos às demandas do setor”, conclui.