Banco aberto ou sistema bancário aberto. Estas são as traduções literais do Open Banking, novo fenômeno das instituições financeiras que foi abordado durante uma webinar do Projeto OnCoop, do Sistema Ocemg, realizada no último dia 4 de outubro, no canal do Youtube da entidade.
O evento online, que contou com cerca de 70 acessos simultâneos durante a transmissão, foi promovido em parceria com a Fundação Dom Cabral (FDC). Para debater o tema, os convidados foram o professor associado da FDC, Tiago Aguiar, e o Superintendente de Governança de TI e Segurança Cibernética do Sicoob, Márcio Alexandre.
O objetivo da webinar foi apresentar os conceitos de Open Banking, a regulação pertinente, os impactos que trará ao sistema financeiro e ao varejo, mostrar a introdução de novos players ao mercado como, por exemplo, as Fintechs e Big techs, e elucidar como as cooperativas podem se destacar mediante a revolução financeira.
“O Open Banking é uma legislação do Banco Central (BC) que obriga os bancos a compartilharem as informações dos clientes entre as diversas instituições autorizadas a funcionar pelo BC, englobando cooperativas, instituições de pagamentos e instituições financeiras”, salientou Aguiar, explicando que ele vem junto com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) que entrou em vigor este ano no Brasil e dispõe sobre como este compartilhamento pode ser feito. Ou seja, é tudo feito de maneira fiscalizada e regulamentada, com a permissão de cada correntista ou cooperado.
O professor da FDC complementou que se trata de “um fenômeno global, com iniciativas que estão acontecendo em todos os continentes, e que irá afetar de forma positiva a lucratividade das instituições e das cooperativas, porque vai trazer mais negócios, incluir mais pessoas no sistema financeiro, logo trata mais acesso ao crédito, maior transparência, maior competição, mas, com certeza, o mercado vai crescer com essa possibilidade”.
Para ele, em resumo, o Open Banking tem duas principais facetas: o compartilhamento de dados bancários entre instituições e também a possibilidade da pessoa movimentar sua conta a partir de um dispositivo que não seja o do banco ou cooperativa. O professor falou também sobre a relação entre gerentes e clientes e como ela muda ao longo dos anos, principalmente perante as inovações e tecnologias. Portanto, as cooperativas precisam estar preparadas para essas situações.
Na sequência, o superintendente de governança e TI do Sicoob frisou sobre a participação das cooperativas e demais instituições financeiras na construção do Open Banking no Brasil, regidos pelo BC: “é o mais próximo que se tem de uma auto regulação”, comentou. Ele falou ainda sobre o que o Sicoob está fazendo para que as cooperativas possam se beneficiar deste grande volume de novidades que este fenômeno traz para as instituições, como, por exemplo, a oferta ao associado de que ele compartilhe seus dados em outras instituições de forma que a cooperativa possa ter uma melhor avaliação e oferte um crédito mais barato.
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