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Sistema Ocemg sedia reunião do GT Educação Cooperativista e Desenvolvimento Sustentável para pessoas em situação de rua

07/12/2021
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A Casa do Cooperativismo Mineiro recebeu, no dia 30 de novembro, a reunião do Grupo de Trabalho (GT) Educação Cooperativista e Desenvolvimento Sustentável para Pessoas em Situação de Rua de Belo Horizonte.

O encontro foi conduzido pela consultora Cláudia Moura e o Sistema Ocemg foi representado pelas analistas da Gerência de Educação e Desenvolvimento Sustentável, Claudia Mello e Lidiane Arantes. Também esteve presente Luiz Otávio Fonseca, representando a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico.

O objetivo da reunião foi potencializar a formação de grupos, tendo como ponto de partida a Educação Cooperativista e o Desenvolvimento Sustentável. A discussão girou em torno da possibilidade da criação de uma ou duas cooperativas. Nos encontros anteriores, por meio de dinâmicas e exercícios interativos, os participantes demonstraram interesse em formar duas cooperativas, tendo em vista a diferença entre os tipos de produtos e serviços oferecidos e as distintas etapas de mobilização em que se encontram.

Conforme explicou Cláudia, “no diagnóstico elaborado com as informações que coletamos nas dinâmicas e exercícios realizados com o grupo, percebemos que o interesse é em criar duas cooperativas, uma da Proplimp e outra do Canto do Sabor. O artesanato ainda precisa de um estágio, um degrau a mais antes de abrir uma cooperativa, este momento é muito precoce para isso”.

Cláudia ressaltou ainda a importância de compreenderem que criar a cooperativa não significa que todos os participantes vão receber partes iguais das sobras. “O que se recebe é proporcional ao trabalho e ao investimento de cada um. Além disso, o cooperativismo não é voluntariado, é um modelo de negócios, uma empresa coletiva, que visa trazer benefícios e lucro para todos os envolvidos”.

Roseni Oliveira, representante da Pastoral de Rua, destacou que a equipe tem consciência do caminho que precisa ser percorrido para a formação das cooperativas e que as perspectivas dos grupos são diferentes.

Tanto os representantes da Canto do Sabor quanto da Proplimp apontaram que a expectativa com a criação da cooperativa é que possam superar as dificuldades burocráticas, em especial a emissão de nota fiscal. Ambos indicaram também o desafio da organização e divisão interna das tarefas.

Claudia, analista do Sistema Ocemg, salientou que as cooperativas associadas à organização têm acesso a uma série de cursos gratuitos que contribuem para as organizações se tornarem cada vez mais profissionais em sua gestão e processos. Em complemento, a também analista Lidiane irá consultar a Gerência Jurídica do Sistema Ocemg, que avaliará a possibilidade legal da formação de uma cooperativa mista. E disse que a entidade está à disposição para auxiliar na busca de parcerias.

Sobre o grupo

O Grupo de Trabalho é formado por representantes do Sistema Ocemg, da Subsecretaria de Trabalho, Emprego e Renda da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), da Pastoral de Rua da Arquidiocese de Belo Horizonte (BH) e do Coletivo Mães Órfãs, do Projeto Abraço e Apoio.

O GT tem se reunido há cerca de quatro meses, a partir de uma demanda da Prefeitura de Belo Horizonte. Como o Sistema Ocemg integra o Conselho de Trabalho, Emprego e Renda do município, surgiu a perspectiva de criar duas cooperativas, visando a inclusão produtiva de moradores de rua da capital mineira.

A iniciativa faz parte do Programa Estamos Juntos, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e a Secretaria Municipal de Assistência Social, cujo objetivo é fomentar e garantir a inclusão produtiva da população em situação ou com trajetória de vida nas ruas no âmbito municipal.

O Programa tem como alvo 35 pessoas em situação e/ou trajetória de rua e mulheres que lutam pelo direito à maternidade, e que se organizaram em grupos que garantem trabalho e renda. São estes: Sabor de Canto, vinculado a gastronomia; o Proplimp que fabrica produtos de limpeza e o Abraço e Apoio que produz itens de artesanato.

Esses grupos trabalham com a economia solidária, acompanhados pela Pastoral do Povo da Rua e pelo coletivo Mães Órfãs, e desejam instituir cooperativas de trabalho visando garantir a formalidade legal de funcionamento. Os participantes já passaram por processos de capacitação e formação em suas áreas distintas: gastronomia, higiene e limpeza, além de formação de grupo e exercícios na área administrativa, marketing e vendas.

Para o desenvolvimento do projeto-piloto da ação, a PBH conta com a participação da Pastoral de Rua da Arquidiocese de BH, instituição que vem trabalhando no acolhimento e assistência social desse grupamento de pessoas e que já selecionou um extrato do referido público.

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