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Super Agro aborda resultados gerados pelo setor agropecuário no Brasil

13/04/2021
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Em sua primeira edição, o Super Agro, realizado no dia 8 de abril pela revista Exame e a empresa de educação corporativa Hiria, lançou um novo olhar sobre o setor, com destaque para as oportunidades, o cooperativismo e as práticas sustentáveis, que são cada vez mais requisitadas por investidores.

A programação do vento contou com convidados como os embaixadores dos Estados Unidos, Todd Chapman, e da República Popular da China, Yang Wanming, governadores de diferentes Estados e especialistas do setor agro.

Durante o evento foram apresentados os resultados gerados pelo setor como a alta de 6, 75% no PIB, sua importância para o abastecimento da população, exportações para mais de 170 países. Mesmo com a pandemia de Covid-19 a balança comercial das exportações brasileiras do agronegócio totalizou 100,81 Bilhões de dólares em 2020, uma alta de 4,1% frente ao ano anterior. O agronegócio corresponde a 50% das exportações do Brasil, é uma das bases da economia nacional e apresenta um futuro promissor. O evento também destacou a indicação do ex-ministro Alysson Paolinelli ao Prêmio Nobel da Paz deste ano.

O painel de abertura do evento contou com a presença de Paolinelli e do embaixador especial da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) para o cooperativismo e coordenador da FGV Agro, Roberto Rodrigues.

Na oportunidade, o homenageado, mineiro de Bambuí, ressaltou: “o Brasil é o candidato ao Nobel da Paz, eu apenas estou o representando”. Graduado em Engrenharia Agronômica pela Universidade Federal de Lavras (UFL), ele fundou a Empresa Brasileira de Pesquisa Agrícola (Embrapa) e esteve à frente do movimento que implantou a agricultura tropical no cerrado brasileiro na década de 70. Para Paolinelli, a valorização da ciência, a geração de conhecimento e o investimento em tecnologia resultaram na transformação de uma área tropical que era inviável, como o cerrado, na mais produtiva no mundo.  “Com isso, mostramos que aprendemos a produzir alimentos de melhor qualidade, com preços competitivos e que atendem a demanda mundial”, disse.

O agrônomo frisou ainda que é preciso replicar essa evolução que a agricultura tropical brasileira experimentou nos anos 70 em outros países que hoje lidam com a extrema pobreza, com a fome e com guerras civis geradas pela falta de alimentos. “É um problema mundial, por que as populações desses lugares geram correntes migratórias e vão para outros cantos do mundo”, complementa.

Rodrigues reforçou em sua fala que o candidato ao Nobel é o “pai da agricultura moderna brasileira e transformou o país em um grande exportador de alimentos não só hoje, como no futuro”. Ele explicou que, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a FAO e o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA – United States Department of Agriculture), “em 10 anos a oferta mundial por alimentos precisa crescer 20% para que não falte comida para nenhuma pessoa e, portanto, haja paz, porque não haverá paz enquanto houver fome no mundo”, contextualizou. E completa dizendo que as entidades internacionais apontam que o Brasil precisará aumentar em 40% a sua produção nesse sentido, visto que o país tem três elementos fundamentais: a melhor agricultura tropical do planeta; terra para crescer a produção e gente capacitada em todos os elos da cadeia produtiva.

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