Declaração foi dada durante a 12a Semana Internacional do Café, evento que teve recorde de público e promete gerar R$ 80 milhões em negócios
As cooperativas foram destaque em uma das principais feiras de negócios do mundo: a Semana Internacional do Café (SIC), realizada entre os dias 20 e 22 novembro, no Expominas, em Belo Horizonte (MG). O evento reuniu 25 mil participantes de 36 países, dando o pontapé inicial para cerca de R$ 80 milhões de reais em negócios para o setor. Alta de 46% em relação ao ano passado.
Logo no primeiro dia da feira, o vice-governador de Minas Gerais, professor Mateus Simões, ressaltou o papel das cooperativas na mudança estrutural da cafeicultura estadual. “O cooperativismo possibilitou que pequenos produtores, antes pouco valorizados, se tornassem protagonistas na produção de cafés especiais”, elogiou.
Ele também fez questão de parabenizar o Sistema Ocemg por contribuir decisivamente para o fortalecimento do setor, que hoje responde por 57,8% da produção de café do Estado. “A Casa do Cooperativismo Mineiro faz um trabalho que vai além do fortalecimento da gestão cooperativista; ele articula políticas públicas que asseguram sustentabilidade e justiça no campo. Por tudo isso, a instituição é referência na defesa de um modelo de negócios que coloca as pessoas no centro das decisões”, afirmou.
Motor de desenvolvimento
A força do cooperativismo no agronegócio mineiro também foi publicamente elogiada pelo deputado federal Domingos Sávio. Ele destacou como o setor se consolidou como articulador de mudanças estruturais, conectando pequenos produtores às grandes cadeias de valor, garantindo competitividade no mercado. “Minas Gerais produz 52,7% do café nacional, e mais da metade disso passa pelas cooperativas. Elas promovem o desenvolvimento, geram empregos e fortalecem a economia”, analisa. “Além disso, representam uma estrutura organizada que dá voz ao produtor rural em pautas fundamentais para o agro. O cooperativismo é a base que permite que Minas continue liderando nesse setor”.
O secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Thales Fernandes , também reforçou a relevância das cooperativas como agentes de transformação da realidade das comunidades onde atuam. “As cooperativas são a base do sucesso da cafeicultura em Minas Gerais. Mais de 90% dos nossos produtores estão em pequenas propriedades. Sem o sistema cooperativo, muitos deles não teriam condições de competir no mercado”, avalia. “É por meio dessa articulação que conseguimos exportar cafés especiais reconhecidos mundialmente e construir um setor sustentável e socialmente justo”, analisou.
Curiosidade
A realização da Semana Internacional do Café (SIC) em Belo Horizonte é mais uma conquista trazida pelo cooperativismo a Minas Gerais. O evento, originalmente realizado em São Paulo, foi transferido para a capital mineira graças à articulação de lideranças cooperativistas, que buscaram o apoio direto do Sistema Ocemg para viabilizar a mudança. Desde então, a SIC se tornou uma plataforma estratégica para evidenciar o impacto do cooperativismo na construção de um setor cafeeiro inclusivo e competitivo, em terras mineiras.
Essa iniciativa pioneira abriu caminho para parcerias estratégica, que fortaleceram o evento ao longo do tempo. Para o presidente do Sistema Ocemg, Ronaldo Scucato, a Semana Internacional do Café é um exemplo claro de como o cooperativismo transforma desafios em oportunidades. “A Semana Internacional do Café é mais do que uma feira de negócios. É um símbolo do poder transformador das cooperativas em articular interesses”, afirma Scucato. “O setor representa pequenos produtores e fomenta políticas que valorizam a sustentabilidade e a equidade na cafeicultura. Estamos comprometidos em manter Minas Gerais na liderança desse movimento”.
NÚMEROS
- Minas Gerais é o maior produtor de café do Brasil (52,6% do total de grãos);
- Atualmente, 57,5% do café produzido em Minas Gerais passa por uma cooperativa. Significa dizer que de cada 100 cafezinhos tomados no Estado, 58 são cooperativistas;
- As cooperativas mineiras exportaram mais de 346 mil toneladas de café em 2023.
@[email protected] O nome do secretário é Thales Fernandes e não Ferreira
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