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Sistema Ocemg realiza Seminário e Workshop sobre Felicidade Organizacional

25/03/2024
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Em mais uma ação pioneira, Organização promove dois encontros inéditos no coop brasileiro sobre o tema

 

Em mais uma ação pioneira, o Sistema Ocemg promoveu, nos dias 20 e 21 de março, dois eventos inéditos no coop brasileiro: o “Seminário de Felicidade e Desenvolvimento Organizacional” e o “Workshop de Felicidade e Desenvolvimento Organizacional”. Da teoria à prática, os encontros trouxeram informações relacionadas à FIB (Felicidade Interna Bruta), índice que inspirou o FIC (Felicidade Interna do Cooperativismo), programa realizado pelo Sistema Ocemg com o objetivo de estimular a busca constante pelo bem-estar e qualidade de vida dos funcionários das cooperativas mineiras e cooperados.

A data do seminário foi escolhida por um motivo especial: 20 de março é o Dia Internacional da Felicidade. Instituído em 12 de julho de 2012 pela Assembleia Geral das Nações Unidas, trata-se do reconhecimento da relevância da felicidade e bem-estar para o desenvolvimento da sociedade.

Ao todo, participaram do Seminário, 262 pessoas, entre elas, presidentes, dirigentes, conselheiros, gestores e “felicitadores”, que são aquelas pessoas com a função de medir indicadores nas cooperativas abrangendo diversos aspectos, como bem-estar psicológico, saúde, participação comunitária e meio ambiente, ajudando assim a conduzir o programa. No total, 105 cooperativas mineiras foram representadas no evento. Já no Workshop, foram 53 pessoas, todas elas participantes do novo ciclo do FIC, totalizando 28 cooperativas.

O tema felicidade começou a ser debatido no cooperativismo em 2014. Atualmente, 116 cooperativas participam do FIC em todo País, representando seis Estados. Desse grupo, 56 coops são mineiras de cinco ramos diferentes, com quase 8 mil colaboradores contemplados. Durante o evento, as participantes que completaram pelo menos um ciclo do FIC foram reconhecidas com um troféu, marcando todo o esforço em prol do bem-estar e da felicidade.

O superintendente do Sistema Ocemg, Alexandre Gatti Lages, abriu o Seminário. Ele provocou os participantes com a seguinte pergunta: “Quem são os responsáveis pela felicidade no ambiente de trabalho? As organizações ou os colaboradores?”. “Hoje a felicidade dos trabalhadores figura entre as principais preocupações do mundo corporativo”, explica. “O cooperativismo, sendo um negócio diferente e inspirador, vem trabalhando o tema há muito tempo com o propósito de impactar a vida das pessoas. Não é à toa que a felicidade é destaque nas cooperativas de Minas Gerais”.

A gerente de Educação e Desenvolvimento Sustentável do Sistema Ocemg, Andréa Sayar, explica que o principal objetivo dos eventos é estimular comportamentos e atitudes individuais e coletivas que impactam positivamente no desempenho organizacional. “Nós somos responsáveis pelo nosso bem-estar e, por isso, precisamos ter em mente que a felicidade deve ser pensada como estratégia organizacional”, destaca.

 

PIB x FIB

Em 1979, o rei do Butão, país localizado na Ásia, Jigme Singya Wangchuck, substituiu o PIB (Produto Interno Bruto) pelo FIB (Felicidade Interna Bruta) como indicador de bem-estar da população. O FIB vai além da produtividade e consumo, avaliando também aspectos espirituais, culturais e psicológicos. As nove dimensões do FIB são: bem-estar psicológico, saúde, uso do tempo, vitalidade comunitária, educação, cultura, meio ambiente, governança e padrão de vida.

A história do FIB abriu o ciclo de palestras do Seminário e foi contada pelo primeiro-ministro do Butão, Tshering Tobgay, que participou virtualmente do evento. “Que maneira mais especial de celebrar o Dia Internacional da Felicidade, afinal, todos queremos ser felizes”, expressou o Ministro, acrescentando que, no Butão, a felicidade se tornou um ativo governamental. “Em nosso país, isso só é possível a partir de lideranças que se preocupam com o bem-estar de seus colaboradores. Neste sentido, acredito que, no Brasil, o FIC pode se tornar um movimento em parceria com os cooperativistas. Por isso, a importância do Sistema Ocemg promover um evento para discutirmos o tema e estabelecermos os alicerces dessa jornada de maneira coletiva”.

A escritora e jornalista Leila Ferreira abordou o tema “Relações Humanas: O Desafio e a Arte de Construir Ambientes Felizes”. Segundo ela, as pessoas recebem uma carga de sofrimento muito grande nos ambientes de trabalho. “Isso reflete em todos os âmbitos de sua vida. Se os gestores estiverem mais atentos a isso, é possível mandar pessoas menos infelizes para a casa e, consequentemente, melhorar o ambiente familiar”, explica. “Em seguida, aquele funcionário retornará leve para a empresa. É um ciclo e eu tenho esperança de que dias mais leves e melhores estejam por vir. Para isso é preciso gentileza, bom humor e o empenho de estar atento ao outro”, afirma a jornalista, autora de seis livros, entre eles, o best seller “A arte de ser leve”.

Renata Rivetti, diretora da Reconnect Happiness at Work, empresa especialista em felicidade coorporativa, liderança positiva e redesenho do trabalho, falou sobre o tema “Felicidade Corporativa e Futuro do Trabalho”. O objetivo, segundo ela, foi de ampliar o entendimento sobre um ambiente corporativo mais saudável. “Quero mostrar o que podemos mudar no dia a dia para que as pessoas compreendam o que é felicidade corporativa. Quando utilizamos esse termo, muitos acreditam que se trata de benefícios, por exemplo, mas está muito além disso”, detalha. “O bem-estar e a saúde mental são demandas em crescimento no mercado de trabalho. O mais difícil, no entanto, é colocar em prática. Por isso, é preciso criar ferramentas para que as pessoas compreendam a importância da sustentabilidade humana”.

O compositor, guitarrista e cofundador da banda Jota Quest, Marco Túlio Lara, encerrou o ciclo de palestras do Seminário trazendo o tema “Sem Medo do Futuro”. Em um momento diferenciado, com músicas e histórias emocionantes, o artista falou da felicidade e, principalmente, da coragem de senti-la. “As pessoas passam um terço de sua vida trabalhando, o que não é pouco tempo. Então, acredito que deve haver um interesse mútuo pela qualidade de vida das pessoas envolvidas naquele ambiente”, explica. “Temos a hierarquia, o respeito e os limites, mas os gestores nunca podem esquecer que estão lidando com pessoas, emoções, sentimentos, dores e alegrias”, alerta.

Além das palestras, o painel “Felicidade como Estratégia de ESG” trouxe o case do Sicoob Divicred, apresentado pela diretora-administrativa da coop, Consuelo Melo. “Percebemos os resultados do FIC no dia a dia da cooperativa, no gestor, no movimento, no bem-estar da equipe, no resultado financeiro. O ambiente se torna mais harmônico, com menos absenteísmo”, mostra, referindo-se ao termo utilizado para designar a ausência no trabalho, além da falta de pontualidade e assiduidade no cumprimento de um dever ou obrigação. “O que não conseguimos tangibilizar em números, percebemos no comportamento. O FIC é isso. Eu olhando para mim, para a cooperativa e para a comunidade. Se estamos bem, geramos resultados”.

 

Da teoria à prática

Enquanto no seminário os participantes receberam um conteúdo teórico sobre a Felicidade Organizacional, o Workshop foi o momento de colocar em prática todo o conhecimento sobre o FIB e como incrementá-lo na rotina das cooperativas. Participaram do evento lideranças que farão parte do novo ciclo do FIC. Para a membro fundadora do Instituto Agora é Ciência, Andréa Perez, “o dia foi pautado em inúmeras reflexões a respeito de possibilidades de melhorias do programa e do uso das potencialidades humanas e individuais”, explica.

Andréa acrescenta que o workshop foi planejado a partir de demandas recebidas pelo Sistema Ocemg, por isso, o evento foi criado para extrair o melhor de cada grupo. “Quem são essas pessoas que trabalham com o FIC? O que elas podem fazer? Qual a potencialidade delas? Todas essas perguntas norteiam a nossa atividade”, explica. “Pude perceber que existem nas lideranças características humanas valorosas que estão alinhadas com as cooperativas e seus valores”.

Para o diretor-administrativo da Coopertran, Fagner Capobiango, o workshop foi enriquecedor. “O Sistema Ocemg proporcionou um espaço de troca de conhecimentos e experiências entre diversas cooperativas, destacando a importância do bem-estar dos colaboradores e o impacto positivo que isso gera não apenas no ambiente de trabalho, mas também na comunidade em geral”, detalha. “As palestras e debates oferecidos foram inspiradores e nos motivaram a refletir sobre práticas que podemos implementar na Coopertran para promover um ambiente mais saudável e feliz para todos”.

A assistente-administrativo da Coopertran, Thaís Barros será uma das responsáveis para colocar em prática todo o aprendizado na cooperativa. “O seminário nos ajudou a compreender a teoria e o workshop trouxe a prática e um calor humano diferenciado”, explica. “Consegui compreender melhor como fazer com que o FIC seja mais assertivo, principalmente, focando na pessoa e nos seus sentimentos. Além disso, conhecer a realidade de outras cooperativas e trocar experiências com pessoas tão solícitas foi enriquecedor”.

A assistente de Gestão de Pessoas do Sicoob Divicred, Flávia Ribeiro, acredita que o momento foi oportuno para o fortalecimento do FIC na coop. O que, na visão dela, será pautado principalmente a partir do autoconhecimento que o evento proporcionou. “Existem várias ferramentas organizacionais para implementação do programa, mas nada será satisfatório se não cuidarmos de nós mesmos, da nossa capacitação”, observa. “Vivemos hoje um momento singular em um mundo sobrecarregado e cansado. O FIC é um respiro, um momento de tranquilidade e é isso que buscamos para o futuro”.

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